Viver é etcétera: itinerários terapêuticos de sujeitos com diabetes mellitus
Nome: JANDESSON MENDES COQUEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/02/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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TÚLIO ALBERTO MARTINS DE FIGUEIREDO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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TÚLIO ALBERTO MARTINS DE FIGUEIREDO | Orientador |
Resumo: Estudo de abordagem qualitativa, que tem por objetivo conhecer os itinerários terapêuticos dos sujeitos com diabetes mellitus, a partir da revelação do diagnóstico da doença. O cenário do estudo foi o Território de Jardim Carapina, no município da Serra-ES. Os sujeitos do estudo foram portadores de diabetes mellitus, usuários do Sistema Único de Saúde, sendo a amostra constituída por sete deles. Os instrumentos de produção de material foram narrativas, fotografias, observação e diário de campo. O trabalho de campo, no lapso de maio a julho de 2015, iniciou com o reconhecimento da dinâmica do processo de trabalho em ato das cinco equipes da Estratégia Saúde da Família local. A escolha dos sete sujeitos se deu a partir da indicação dos enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Após análise acurada dos prontuários de cada sujeito, procedeu-se a localização do logradouro a partir da microárea, conforme o cadastramento existente na unidade. A visita conjunta pesquisador e agente comunitário de saúde aconteceu conforme agenda previamente definida para as determinadas microáreas. Os encontros/narrativas, com duração média de quarenta e cinco minutos, foram individuais e realizados no horário e local sugeridos pelos sujeitos, sendo todos em suas residências, à exceção de um, que ocorreu em uma praça pública do território. Os encontros/narrativas foram transcritos, juntamente com os apontamentos do diário de campo e, a partir da leitura acurada do conjunto do material produzido, buscou-se dar sentido à construção de cada uma das sete narrativas que se fizeram acompanhar de suas representações visuais dos itinerários terapêuticos e seus respectivos roteiros. Os itinerários terapêuticos apontaram tratar-se de sujeitos eminentemente idosos, com pouca escolaridade e pertencentes, em sua maioria, à camada social menos favorecida. A partir de suas trajetórias de cuidado para a saúde, o estudo destacou os limites fragmentação do cuidado, dentre outros e possibilidades apoio familiar e religiosidade, por exemplo desses sujeitos, bem como a produção de sentido na experiência de adoecimento de longa duração.