Associação Entre Consumo de Antioxidantes e Risco de Doenças Coronarianas em Participantes do Elsa-brasil

Nome: MARINA GALVÃO TEIXEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/03/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Orientador

Resumo: Baixas concentrações de antioxidantes plasmáticos estão associadas à disfunção endotelial, início do processo aterosclerótico. Alguns componentes dos alimentos com propriedades antioxidantes são capazes de minimizar esses distúrbios e estão associados à redução do risco cardiovascular. O objetivo foi identificar a associação entre o consumo de nutrientes antioxidantes e risco de doença coronariana aguda em 10 anos em participantes da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto ELSA-Brasil. Foram estudados 14.353 servidores públicos de seis instituições de ensino e pesquisa, na faixa etária de 35 a 74 anos. O consumo estimado de nutrientes antioxidantes (vitaminas A, E e C, zinco e selênio) foi obtido por meio do questionário de frequência alimentar (QFA), ajustado por energia total e categorizado em quintis. O risco coronariano (RC) foi calculado com base nas variáveis: sexo, idade, pressão arterial sistólica, tabagismo, terapia anti-hipertensiva, HDL-colesterol e colesterol total. Os participantes foram classificados em categorias de risco (baixo, intermediário e alto). Análises de regressão simples e multivariada foram realizadas para avaliar a relação entre o consumo de antioxidantes e RC e a influência de outras variáveis (escolaridade e IMC). Foi observado que 71% dos participantes encontravam-se no baixo risco, 7% em risco intermediário e 22% no alto risco coronariano. Participantes do sexo feminino, os de maior renda, escolaridade e idade apresentaram maior consumo estimado de antioxidantes. Foram observadas associações positivas e estatisticamente significativas entre a ingestão de antioxidantes e alto risco coronariano. Indivíduos com risco intermediário apresentaram a menor ingestão de antioxidantes. Nível de escolaridade foi positivamente associado com consumo de antioxidantes (p<0,001) e ao RC (p<0,001). Após ajuste pelo Índice de Massa Corporal e escolaridade, a baixa ingestão de antioxidantes manteve-se associada ao RC intermediário (OR= 1,74; IC95% 1,37-2,21). Relação positiva entre RC e ingestão de nutrientes antioxidantes pode estar associada à mudança de hábitos alimentares após evento cardiovascular ou em função de algum diagnóstico médico recente.

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