Perfil epidemiológico e qualidade de vida dos pacientes com artrite reumatóide em tratamento em um hospital de referência no Espírito Santo

Nome: WELLINGTON BEZERRA PRATES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/04/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
NAGELA VALADÃO CADE Orientador

Resumo: A artrite reumatóide é a mais comum das doenças inflamatórias músculoesqueléticas,
de natureza auto-imune, progressiva e pode levar juntamente com a
incapacidade funcional ao longo dos anos, a diminuição da qualidade de vida devido
aos danos laborais, sociais e psicológicos. O estudo objetivou avaliar os pacientes
com diagnóstico de artrite reumatóide, em terapia biológica, no estado do Espírito
Santo quanto à qualidade de vida e os fatores intervenientes. Estudo transversal
com dados primários e secundários dos 171 pacientes em tratamento com
biológicos em ambulatório de reumatologia de um hospital universitário. As variáveis
avaliadas foram as sociodemográficas, as clínicas (atividade da doença, capacidade
funcional, avaliação de dor e fadiga) e a qualidade de vida. Utilizado os instrumentos
DAS-28, EVA Global, Eva Dor, Eva Fadiga, Stanford Health Assessment
Questionnaire (HAQ) e WHOQOL-bref e exames bioquímicos para fator reumatóide
e o anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP). O tratamento dos dados
utilizou o coeficiente de correlação de Spearman para análise do WHOQOL-bref
com as variáveis contínuas e os de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para as variáveis
categóricas, com nível de significância de 5%. Os resultados evidenciaram que a
maioria era do sexo feminino (90,1%), 9 a 11 anos de estudo (33,3%), aposentados
e afastados do serviço (49,1%), e classe econômica C (47,4%). Nas variáveis
clínicas as médias foram compatíveis com moderada em atividade da doença (DAS-
28: 3,8±1,5), HAQ (1,05±0,74) e EVA Global (42,5±28,3). Dor (37 ± 27,6) e fadiga
(37,1 ± 31,2) apresentaram médias compatíveis com quadro leve. O domínio do
WHOQOL-bref com menor pontuação foi o físico (49,7 ± 17,5) e o com maior foi o
social (68,6 ± 21). Na análise inferencial houve diferença significante (p valor < 0,05)
dos quatro domínios do WHOQOL-bref com o sexo, anos de estudo, situação
profissional e classe econômica. Foram identificadas correlações do HAQ (r: -0,717,
p < 0.05), DAS-28 (r: -0,557, p < 0.05), EVA Global (r: -0,551, p < 0.05), fadiga (r: -
0,463, p < 0.05), dor (r: -0,547, p < 0.05), articulações dolorosas e edemaciadas com
os quatro domínios do WHOQOL-bref. Conclui-se que os pacientes estavam com
parâmetros clínicos alterados e qualidade de vida comprometida, especialmente no
domínio físico.

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