ANÁLISE DA SOBREVIDA DE MULHERES COM CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ATENDIDAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA ONCOLOGIA NO ESPÍRITO SANTO ENTRE 2000 E 2005

Nome: KEILA CRISTINA MASCARELLO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/04/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA HELENA COSTA AMORIM Orientador

Resumo: O câncer do colo do útero corresponde a uma das principais causas de
morte por neoplasias na população feminina mundial. Objetivos: descrever o perfil
sóciodemográfico e clínico de mulheres atendidas no HSRC/AFECC entre 2000 e
2005 com câncer do colo uterino associando com estadiamento inicial e analisar a
sobrevida dessas mulheres. Metodologia: trata-se de um estudo analítico com
utilização de dados secundários retrospectivos. A amostra foi constituída por 964
mulheres. Foram utilizados a curva de Kaplan-Meier e o modelo de Cox para
avaliação da sobrevida e para análise logística múltipla, respectivamente.
Resultados: houve predominância de mulheres na faixa etária de 40 a 59 anos
(49,3%), cor não branca (76,8%), com até primeiro grau incompleto (70,9%),
casadas (48.3%), com encaminhamento do SUS (84,2%). O estadiamento III esteve
presente em 44% das mulheres, seguido do II (31,4%). A maioria das mulheres
realizou radioterapia exclusiva (52,1%), 133 (28,2%) tiveram recidiva local e 218
(43,4%) metástases à distância. As variáveis significantes com o estadiamento inicial
foram faixa etária, escolaridade, tipo histológico, recidiva, presença de metástase,
número de metástases e desfecho (p<0,05). Ocorreram 421 (43,6%) óbitos no
período mínimo de 5 anos de seguimento, com sobrevida global de 58,8% em 5
anos. Após análise multivariada identificou-se como risco a procedência Região
Serrana (1,94 vezes, IC: 1,09-3,45) e estadiamento crescente. As mulheres com
estadiamento III e IV apresentaram risco de 4,33 (IC: 3,00-6,24) e 15,40 (IC: 9,72-
24,39) vezes maior, respectivamente, de terem menor sobrevida quando
comparadas ao estadio I. Conclusões: Os resultados demonstram que o
diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais na redução da mortalidade por
câncer do colo do útero e que novas políticas de saúde devem ser implementados
para a redução da doença.

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