A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS SOBRE A OFERTA DE PROGRAMAS DE PROMOÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS: O CASO DE UMA OPERADORA DE AUTOGESTÃO
Nome: PAULA DE SOUZA SILVA FREITAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/12/2009
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS DIMAS MARTINS RIBEIRO | Examinador Externo |
RITA DE CÁSSIA DUARTE LIMA | Orientador |
TÚLIO ALBERTO MARTINS DE FIGUEIREDO | Examinador Interno |
Resumo: A coexistência do setor público e privado de saúde no Brasil é antiga e os arranjos percorridos têm contribuído para a construção de um sistema fragmentado e complexo. Na busca por estabelecer políticas setoriais em harmonia com o Sistema Único de Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar tem estimulado o desenvolvimento de programas de promoção da saúde e prevenção de doenças no setor. Essas ações são consideradas como um conjunto heterogêneo de estratégias na consolidação de políticas que visem à saúde da população. Este é um estudo de caráter qualitativo que objetiva analisar esses programas em uma operadora de autogestão, com o intuito de compreender se eles disparam dispositivos biopolíticos. Foram coletados os discursos dos usuários dos programas por meio de um roteiro semiestruturado e utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Os resultados mostram que se encontram em curso alguns processos de reestruturação da produção do cuidado e os aspectos relacionais têm sido priorizados nesses programas. Essas ações configuram-se em dispositivos biopolíticos conduzindo formas de viver. É importante a existência de equilíbrio entre as práticas desses poderes e a produção de liberdade, atentando para que não haja intervenções biopolíticas arbitrárias e autoritárias na produção das ações de saúde.