Prevalência de Síndrome Metabólica e Fatores Associados: um Estudo de Base Populacional Vitória/es.
Nome: LUCIANE BRESCIANI SALAROLI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2007
Orientador:
Nome | Papel |
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MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA | Orientador |
OLÍVIA MARIA DE PAULA ALVES BEZERRA | Examinador Externo |
Resumo: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo, representado pela agregação de fatores de risco cardiovascular. Com objetivo de estimar a prevalência de SM e identificar os fatores associados à sua determinação no município de Vitória/ES, foi realizado estudo a partir do banco de dados do Projeto MOMICA/OMS/Vitória, conduzido em 1999/00.Foram analisados dados socioeconômicos, bioquímicos, antropométricos, hemodinâmicos e dietéticos de 1.663 participantes do projeto na faixa etária de 25 a 64 anos de idade. Para o diagnóstico da SM foi utilizado o critério do NCEP ATP III e toda a coleta de dados foi realizada de acordo com os protocolos recomendados para cada procedimento. A prevalência estimada na população de Vitória foi de 26,9 % (IC 95%: 26,6-27,1), não havendo diferença significativa entre os sexos. Na faixa etária de 25 a 34 anos, a prevalência de SM foi 15,7%, alcançando 48,4% entre indivíduos de 55 a 64 anos. Verificou-se um aumento progressivo da prevalência de SM em mulheres do maior para o menor nível socioeconômico. Com relação aos parâmetros para o diagnóstico da SM, os mais freqüentes entre homens foram: hipertensão, hipertrigliceridemia, baixo HDL-colesterol, hiperglicemia e obesidade abdominal. Nas mulheres, hipertensão aparece em primeiro lugar, seguida do baixo HDL-colesterol, obesidade abdominal, hipertrigliceridemia e hiperglicemia. A concentração elevada de ácido úrico foi identificada como a variável preditora de maior contribuição para o desfecho estudado, seguida do Índice de Massa Corporal (IMC) e da idade, porém entre as mulheres a classe socioeconômica apareceu como primeira variável preditora. O consumo de cálcio, bem como o percentual de dietas adequadas foi menor no grupo de indivíduos com SM. Conclui-se que a prevalência de SM é elevada, inclusive nos mais jovens, com grande contribuição da hipertensão para o seu diagnóstico. Importante contribuição da classe socioeconômica para o desenvolvimento da SM foi encontrada entre as mulheres estudadas em Vitória. Ações para controle dos fatores de risco devem ser promovidas, visando reduzir o impacto na incidência de diabetes e das doenças cardiovasculares em indivíduos jovens.