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O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESSOA IDOSA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS EXPRESSADOS POR FAMILIARES
CUIDADORES

Nome: MATEUS NAGUE DE SOUZA

Data de publicação: 05/12/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CLAUDIA PINHEIRO GARCIA Examinador Externo
MARIA ANGELICA CARVALHO ANDRADE Presidente
RITA DE CASSIA DUARTE LIMA Examinador Interno

Resumo: Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil há
203,1 milhões de habitantes. Ao analisar a população idosa, observa-se que esse
grupo correspondia a 32.113.490 milhões em 2022. O envelhecimento é um processo
contínuo, universal, dinâmico e progressivo que permeia alterações fisiológicas e
funcionais. Envelhecer possui processos de dependência que desencadeiam
desconforto para a família, afinal é preciso dedicar tempo para cuidar. O cuidador é
aquele familiar ou não que, instintivamente, sem remuneração, se torna o responsável
por aquele indivíduo dependente, que geralmente se aplica a uma questão de gênero
– grupo feminino. Para contribuir ao cuidado àqueles que não têm condições de
permanecer em domicílio, há como alternativa as Instituições de Longa Permanência
para Idosos que estão em crescimento pelo aumento da longevidade. O local oferece
moradia com assistência gerontogeriátrica por equipe multidisciplinar preparada para
cuidar e estrutura adequada para a pessoa idosa. Entretanto, o processo de
institucionalização da pessoa idosa é dificultado por estar atrelado a sentimentos que
remetem à solidão e ao abandono. Objetivo: analisar o processo de
institucionalização de pessoas idosas em Instituições de Longa Permanência para
Idosos no Estado do Espírito Santo. Metodologia: Trata-se de estudo transversal de
caráter qualitativo com delineamento analítico-descritivo. Os participantes da
pesquisa foram selecionados através da técnica de amostragem Bola de Neve, ou
seja, os participantes iniciais indicaram novos participantes até que atingiu o ponto de
saturação de 15 participantes. As entrevistas foram realizadas por meio de um roteiro
semiestruturado com perguntas abertas. Resultados: Durante a elaboração da
pesquisa, foi criado um capítulo de livro intitulado “Nos bastidores da crise do cuidado
e das Instituições de Longa Permanência para Idosos”. Os familiares expuseram a
dificuldade que tiveram para cuidar em casa, o desgaste físico e mental e os prejuízos
que acarretaram à sobrecarga do cuidar. A entrada da pessoa idosa em uma
Instituições de Longa Permanência para Idosos foi árdua e feita com cautela. A maioria
dos familiares referiam o bem-estar após a institucionalização e o tempo maior para
cuidar de si. Já outros, não tiveram boas experiências e precisaram procurar outro
local ou retornar para o lar de origem. Discussão: O cuidado domiciliar precisa ser

bem administrado e dividido entre os integrantes da família, quando possível. A
sobrecarga do cuidado gera exaustão e prejuízos na saúde física e mental do cuidador
primário. As Instituições de Longa Permanência para Idosos são uma alternativa para
garantir cuidados equânimes ou melhores do que o da residência, permitindo que o
familiar possa viver e cuidar de si. Os cuidados nessa instituição são realizados por
profissionais capacitados e precisam ser geridos por responsável técnico que, sempre
que possível, instrui a equipe e intervém no cuidado para garantir qualidade de vida à
pessoa idosa e ao familiar. Considerações finais: As famílias precisam enxergar a
Instituição de Longa Permanência para Idosos como a extensão do cuidado e não se
esquivar da assistência. O acompanhamento e a avaliação do local precisam ser
constantes, para que além do cuidado seja mantido o vínculo familiar. Não obstante,
nos casos de violência ou qualquer evento que possa prejudicar a integridade da
pessoa idosa, cabe o familiar denunciar e, consequentemente, o Ministério Público e
a Vigilância Sanitária mobilizarem-se para garantir segurança às pessoas idosas
institucionalizadas.

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