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INFECÇÃO PELO HPV EM MULHERES ADULTAS VIVENDO COM HIV ATENDIDAS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO NO ESPÍRITO SANTO

Nome: WALTESIA PERINI ROCHA

Data de publicação: 21/10/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Presidente
MARIANGELA FREITAS DA SILVEIRA Examinador Externo
TANIA QUEIROZ REUTER MOTTA Coorientador
THIAGO DIAS SARTI Examinador Interno

Resumo: Introdução: o papilomavírus humano (HPV) apresenta alta prevalência e persistência em
mulheres vivendo com HIV/Aids, agravando o risco do desenvolvimento de lesões no colo
uterino, e com isso aumenta a incidência do câncer cervical em até seis vezes mais
comparadoas mulheres soronegativas. A compreensão do perfil clínico e epidemiológico
dessas mulheres,e a diversidade de genótipos do HPV é essencial para desenvolver
políticas de saúde eficazes. Objetivo: nosso objetivo foi analisar a prevalência e
diversidade de genótipos de HPV de altoe baixo risco, os fatores de riscos associados e o

impacto do status imunológico do HIV nas anormalidades citológicas. Método: realizou-
se um estudo transversal com 207 mulheres HIV-positivas, que realizaram auto coleta

vaginal para análise de Reação em Cadeia de Polimerase em Tempo Real (RT-PCR) do
HPV, no período de maio de 2021 a maio de 2022. Foram incluídas mulheres com 18 a 64
anos, com histórico de relação sexual, sem déficit cognitivo oumotor que impediam o
estudo. Participantes gestantes, histerectomizada ou passado câncer cervical, foram
excluídas. Foi calculada a prevalência e identificados os fatores de risco relacionados, por
meio de análise ajustada. Resultados: todas as amostras foram consideradasválidas para
o teste do HPV. O DNA do HPV foi detectado em 143 amostras (69,1%), com predomínio
de genótipos de alto e/ou provável alto risco (60,4%). Infecções múltiplas por HPV
ocorreram em 48,8% dos casos, e 94% das amostras apresentavam pelo menos um
genótipo dealto risco. Os genótipos de HPV de alto risco (HPV-HR) mais prevalentes
foram HPV 58 (21,7%), HPV 68 (14,5%) e HPV 52 (9,2%). Na análise ajustada, mulheres
com carga viral detectável do HIV (20) tiveram 1,37 (IC 95%: 1,00–1,88, p=0,046) vezes

maior probabilidadede estarem infectadas por HPV de provável alto e/ou alto risco (HPV-
Pr/HPV-HR). A prevalência de alterações citológicas foi de 8,2% (n=17) e esteve

associada ao HPV tipo 18, com uma probabilidade de prevalência de 33,3% (RP = 5,0; IC
95%: 1,9–13,1; p=0,001), enquanto o HPV 58 foi associado a um aumento significativo
no risco de citologia alterada, com uma razão de prevalência de 2,5 (IC 95%: 1,0–6,3;
p=0,05). A cobertura vacinal com a vacina Quadrivalente foi de 5,8% (n=12). Em 75%
das vacinadas, foram detectados outros HPVs de alto risco, com maior frequência o HPV
58. Conclusão: o estudo identificou alta prevalência de HPV-HR/HPV-Pr em mulheres
vivendo com HIV/Aids, com destaque para o tipo 58.A carga viral detectável do HIV foi
o fator de risco associado a infecção por HPV- HR/HPV-Pr. Os resultados reforçam a

importância de estratégias integradas de saúde, com o tratamento precoce do HIV para
manter a carga viral suprimida e diminuir a infecção por HPV. O rastreamento com
genotipagem para HPV e a ampliação da cobertura vacinal com a vacina nonavalente, visa
prevenir lesões pré- neoplásicas e neoplásicas do colo uterino, melhorando asaúde dessa
população vulnerável.

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