APROPRIAÇÃO DE CONCEITOS DA SAÚDE ÚNICA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL PARA A FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE
Nome: BARBARA COSTA FERNANDES
Data de publicação: 26/06/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| CAROLINA DUTRA DEGLI ESPOSTI | Examinador Interno |
| CREUZA RACHEL VICENTE | Coorientador |
| RAQUEL BARONI DE CARVALHO | Presidente |
| RODRIGO ALVES BARROS | Examinador Externo |
Resumo: Introdução: A abordagem Saúde Única é notoriamente reconhecida por diferentes
órgãos nacionais e internacionais como passível de prevenir futuras pandemias,
reduzir o ônus das doenças endêmicas zoonóticas e tropicais negligenciadas e mitigar
a resistência antimicrobiana, além de promover a saúde de forma sustentável na
interface homem-animal-meio ambiente-ecossistemas em nível global, regional e
nacional. Contudo, quando se aborda a operacionalização deste conceito, uma das
principais problemáticas apontadas é a formação inadequada dos profissionais. No
Brasil, existem algumas instituições de ensino que já reconheceram a necessidade de
incluir temas de Saúde Única como transversais na formação em saúde. Objetivo:
Avaliar o conhecimento de acadêmicos de diversos cursos de graduação do Centro
de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), antes
e após adoção da abordagem da temática “Saúde Única” por meio de uma aula
expositiva - dialogada. Método: Tratou-se de um estudo intervencionista e de caráter
descritivo, que foi realizado no CCS/UFES com estudante matriculados na disciplina
optativa "Introdução à Educação Interprofissional" em dois semestres letivos. A coleta
de dados foi realizada por meio de questionário semiestruturado no Google Forms
elaborado pela pesquisadora, antes e imediatamente após a aula. Resultados: Dos
59 estudantes elegíveis para participar do estudo, 47 (79,6%) participaram
efetivamente de ambas as etapas da coleta de dados, sendo a maioria do sexo
feminino (n = 44, 93,6%). A média de idade dos estudantes foi de 23 anos e nove
meses em ambos os sexos, com um desvio padrão de 2,59 anos. Os estudantes de
Fonoaudiologia (36,2%) e Fisioterapia (34%) foram os que mais contribuíram,
seguidos pelos de Terapia Ocupacional (10,6%) e Odontologia (8,5%). A intervenção
mostrou diferenças significativas entre as etapas pré e pós-intervenção, com aumento
no cumprimento dos objetivos de aprendizagem. Conclusão: Este estudo trouxe
contribuições sobre a teoria e a prática da Saúde Única em um ambiente de educação
interprofissional de saúde em uma universidade pública com potencial de replicação,
destacou a eficácia de integrar a Saúde Única ao currículo dos cursos de saúde. A
formação de profissionais capacitados para enfrentar desafios globais, como as
mudanças climáticas e a saúde global, conforme recomendado por organizações
internacionais como a Organização das Nações Unidas e o Consórcio Global de
Educação sobre Clima e Saúde, fortalece a capacidade de lidar com problemas
multidimensionais. Além disso, estimula a aproximação e a troca de experiências entre
experiências entre diferentes núcleos do conhecimento dentro da instituição de ensino
e pesquisa.
