TENDÊNCIA TEMPORAL DA MORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA POPULAÇÃO RESIDENTE DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL: UMA ANÁLISE COM A REGRESSÃO JOINPOINT ENTRE O PERÍODO DE 2000 E 2021

Nome: CASANOVA ANDRÉ MOTOPA MPUHUA

Data de publicação: 30/07/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BLANCA ELENA GUERRERO DABOIN Examinador Interno
JOAO BATISTA FRANCALINO DA ROCHA Examinador Externo
LUIZ CARLOS DE ABREU Presidente
ORIVALDO FLORENCIO DE SOUZA Coorientador

Resumo: INTRODUÇÃO: o acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de
morte e incapacidade adquirida mundialmente. Anualmente, 17 milhões de pessoas
sofrem um AVC, resultando em 6,5 milhões de óbitos, enquanto outras milhões
enfrentam a doença, elevando o número total de sobreviventes a 80 milhões. No
Brasil, o AVC é a principal causa de morte entre adultos, representando 10% das
internações em hospitais públicos. Apesar da redução na mortalidade geral por AVC,
o número absoluto de casos, óbitos e anos de vida perdidos continua a crescer,
especialmente em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. OBJETIVO:
analisar a tendência de mortalidade por acidente vascular cerebral na população do
estado do Espírito Santo, Brasil, entre 2000 e 2021. MÉTODO: trata-se de estudo
ecológico de séries temporais utilizando dados secundários da população do estado
do Espírito Santo, Brasil, no período de 2000 a 2021. Os dados de óbitos por sexo e
grupo etário durante esse período foram obtidos do banco de dados do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no site
https://datasus.saude. gov.br/ informacoes-de-saude-tabnet/. O foco do estudo foi
analisar óbitos cuja causa básica foi acidente vascular cerebral (AVC), codificado
como I64 na Classificação Internacional de Doenças, 10a versão. A tendência
temporal dos AVCs foi avaliada utilizando análise de regressão joinpoint com o
software Regression Joinpoint. RESULTADOS: no estado do Espírito Santo, no
período de 2000 a 2021, houve um decréscimo significativo na mortalidade
proporcional por AVC de -3,7% (IC95%: -5,8%; -1,7%), com um valor de p <0,001.
Esse declínio foi observado tanto no sexo masculino, com uma redução de -3,0%
(IC95%: -4,2%; -1,7%), quanto no feminino, que registrou uma diminuição de -3,9%
(IC95%: -5,6%; -2,2%). Entre os grupos etários analisados, destacou-se o grupo de
50 a 59 anos, que apresentou o maior declínio na mortalidade proporcional por AVC,
com uma variação percentual média anual (VPMA) de -4,9 (IC95%: -8,4; -1,4). Em
contraste, o grupo de 30 a 39 anos mostrou o menor declínio, com uma VPMA de -
2,4 (IC95%: -4,2; -0,5). Não foram identificados segmentos de mudança na
mortalidade proporcional por AVC nos grupos etários de 40 a 49 anos, 60 a 69 anos
e 70 a 79 anos durante o período estudado. CONCLUSÃO: houve um declínio nos
índices de mortalidade por AVC, com tendencia decrescente de longo prazo, no
estado do Espírito Santo, Brasil, durante o período analisado. A análise de tendência
interrompida revelou dois segmentos para a mortalidade por AVC de 2000 a 2016,
com tendência decrescente, e de 2016 a 2021, com tendência crescente.

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