MODULAÇÃO AUTONÔMICA DO RITMO CARDÍACO EM PROFISSIONAIS DA SEGURANÇA PÚBLICA E SUA INTERAÇÃO COM O ESTRESSE PSICOSSOCIAL

Nome: ANDRESSA BRAZ CARLINI PESTANA

Data de publicação: 08/05/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FRANCISCO NAILDO CARDOSO LEITÃO Examinador Interno
LUIZ CARLOS DE ABREU Presidente
RODRIGO DAMINELLO RAIMUNDO Examinador Externo

Resumo: Introdução: o trabalho do policial militar é de suma importância no contexto da segurança
pública, contudo essa atividade apresenta inúmeros desafios diários que geram repercussões na
saúde física e mental desses profissionais e nas diferentes esferas da vida pessoal e familiar.
Medida simples e não invasiva como a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é capaz de
analisar a modulação do sistema nervoso autonômico podendo sugerir um mau funcionamento
do sistema fisiológico sendo a VFC um indicador sensível e antecipado de comprometimento
na saúde. Objetivo: analisar a modulação autonômica do ritmo cardíaco em profissionais da
segurança pública e sua interação com o estresse psicossocial. Método: estudo transversal no
qual foram avaliados 71 participantes maiores de 18 anos que exerciam função pública militar
no estado do Espírito Santo no período de agosto a novembro de 2022. Foram coletados peso,
altura, composição corporal e VFC em seguida realizada a análise da modulação autonômica
através do software Kubios®. Para essa análise, a frequência cardíaca foi captada batimento a
batimento com os indivíduos em decúbito dorsal por 25 minutos utilizando um
cardiofrequencímetro, os índices da VFC foram calculados utilizando métodos lineares nos
domínios do tempo e da frequência, e por métodos não lineares. Os dados foram analisados
através da comparação entre os homens e mulheres, dos grupos de faixa etária de 25 a 34 anos
e 35 a 54 anos e grupos de IMC considerado adequado ( 18,5 a 24,9 kg/m2 ), sobrepeso (25.0
a 29.9 kg/m2

) e obesidade ( > 30.0 kg/m2

). Resultados: foram observadas diferenças
estatisticamente significativas nas seguintes variáveis entre homens e mulheres SDNN
(p=0,006), RMSSD (p=0,028), SD1 (p=0,001) e SD2 (p=0,017). Entres as diferentes faixas de
IMC SNS (p=0,031), Média RR (p=0,012) e Média HR (p=0,025) e nas diferentes faixas
etárias PNS (p=0,007), SI (p=0,0034), SDNN (p=0,004), RMSSD (p=0,0013), SD1 (p=0,0013)
e SD2 (p=0,0093). Essas variáveis foram efetivas e sensíveis para identificar diferenças na
modulação autonômica cardíaca entre homens e mulheres. Componentes do domínio da
frequência (VLF, LF e HF) não apresentaram diferenças significativas. Conclusão: mulheres
apresentaram maior tônus vagal e maior VFC global em relação aos homens. Indivíduos
classificados com obesidade apresentaram maior atividade simpática e indivíduos entre 35 - 54
anos apresentaram menor tônus vagal e menor VFC global.

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