LETRAMENTO EM SAÚDE INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL: DETERMINANTES PARA IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
EM DOR CRÔNICA NA SAÚDE PÚBLICA
Nome: PAULA TORREZANI SALES
Data de publicação: 11/04/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO | Examinador Externo |
| RAQUEL BARONI DE CARVALHO | Examinador Interno |
| SAMIRA TATIYAMA MIYAMOTO | Coorientador |
| VALERIA VALIM CRISTO | Presidente |
Resumo: A dor crônica musculoesquelética é uma condição clínica caracterizada por limitações
funcionais na rotina do paciente e incapacidades, além de repercussões psicossociais.
A literatura recomenda o manejo multimodal com ênfase em abordagens de
autogerenciamento para enfrentamento da dor crônica e trabalho de autoeficácia. A
efetividade das intervenções sofrem influências de determinantes contextuais, como
o letramento em saúde (LS) do indivíduo e do sistema de saúde. Métodos: trata-se
de estudo observacional analítico transversal, de análise da influência do letramento
em saúde individual e organizacional como determinantes contextuais na
implementação de programa de educação em dor em um serviço de saúde municipal.
Os pacientes com dor crônica musculoesquelética foram avaliados quanto ao
letramento funcional, comunicativo e crítico, além de autoeficácia, intensidade da dor
e impacto funcional. Os profissionais que atuam no cuidado de rotina da atençao
primária (APS) e média complexidade foram avaliados quanto às crenças e atitudes
em relação à dor crônica. Resultados: Os pacientes apresentaram nível elevado de
autoeficácia e de todos os domínios do LS. A análise mostrou associação direta entre
esses parâmetros e inversa com a interferência da dor na rotina. No entanto, os
profissionais não especialistas em dor apresentaram crenças disfuncionais quanto aos
comportamentos de solicitude e cura da dor crônica. Conclusão: Os pacientes
apresentaram competências cognitivas positivas para um efetivo autogerenciamento
da dor crônica em programa de educação em dor na APS, porém os profissionais do
cuidado de rotina necessitam de capacitação por meio de programas de educação
permanente e treinamento de competências de comunicação.
