ANSIEDADE, QUALIDADE DE VIDA E PRÁTICAS DE LAZER EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19 NA POPULAÇÃO
IDOSA DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES

Nome: ADRIANA DRUMMOND DE AGUIAR

Data de publicação: 17/11/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Orientador

Resumo: Os idosos constituem um grupo populacional em destaque na pandemia
da COVID-19, principalmente devido ao potencial de risco dessa população,
especialmente aqueles com doenças crônicas. Por isso, a diversidade do
envelhecimento, a ansiedade, a qualidade de vida e as práticas de lazer são
importantes aspectos a investigar. Objetivo: Avaliar os fatores associados à

ansiedade, qualidade de vida e práticas de lazer em tempos de pandemia da COVID-
19 na população idosa de Centros de Convivência do município de Vitória, Espírito

Santo. Material e Método: Trata-se de um estudo observacional analítico com
delineamento transversal, realizado na capital do estado do Espírito Santo, nos quatro
Centros de Convivência da Terceira Idade, em uma amostra de 345 idosos. Para a
coleta de dados sociodemográficos utilizou-se roteiro adaptado do IBGE e o Critério
de Classificação Econômica Brasil. No que diz respeito às variáveis dependentes, a
Ansiedade foi verificada por meio do Geriatric Anxiety Inventory, Práticas de Lazer foi
categorizada pela Escala de Práticas de Lazer, enquanto Qualidade de Vida foi
analisada pelo 36-Item Short-Form Health Survey, com as dimensões física e mental
que foram dicotomizadas em abaixo da média e acima da média. A coleta de dados
ocorreu de junho a dezembro de 2022. A caracterização dos dados foi apresentada
na forma de tabelas. A normalidade da distribuição de probabilidade foi verificada
utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov. O nível de significância foi fixado em 5% e
o intervalo de 95% de confiança. Resultados: No desfecho Ansiedade, identificou-se
que idosos que praticam menos lazer apresentam 3,9 vezes (p<0,001) mais chances
de ter características de Transtorno de Ansiedade Generalizada, e que idosos com
componente mental da qualidade de vida abaixo da média têm essas chances
aumentadas em 6,5 vezes (p<0,001). No que diz respeito ao desfecho qualidade de
vida, a regressão logística multivariada observou-se que ser da raça/cor “branca”
aumenta em 2,51 vezes as chances (p=0,032) de ter componente mental da qualidade
de vida acima da média, que não ter características de Transtorno de Ansiedade
Generalizada aumenta em 16,43 vezes as chances (p<0,001) de ter componente
mental da qualidade de vida acima da média e praticar mais lazer aumenta em 4,82
vezes as chances (p<0,001) de ter componente físico da qualidade de vida acima da
média. No que tange ao desfecho lazer, ser do sexo feminino aumenta em 2,8 vezes
(p=0,016) as chances de ter mais prática de lazer. Idoso sem características de
Transtorno de Ansiedade Generalizada tem 5,0 vezes (p<0,001) mais chances de ter
mais lazer e aquele com componente físico da qualidade de vida acima da média tem
essas chances aumentadas em 2,6 vezes (p=0,009). Conclusões: Os fatores
associados à ansiedade na população idosa são menores práticas de lazer e
componente mental da qualidade de vida abaixo da média. A qualidade de vida dos
idosos está associada à raça/cor branca, a não ter características de Transtorno de
Ansiedade Generalizada e a praticar mais lazer. Já as práticas de lazer estão
associadas ao sexo feminino, a não ter características de Transtorno de Ansiedade
Generalizada e ao componente físico de qualidade de vida acima da média.

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