ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: TRABALHADORAS E TRABALHADORES DA SAÚDE ENTRE DRAMATIZAÇÃO E BANALIZAÇÃO DO MAL

Nome: JEREMIAS CAMPOS SIMÕES

Data de publicação: 24/11/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA ANGELICA CARVALHO ANDRADE Orientador

Resumo: A violência contra a mulher é compreendida como um fenômeno social em que
estruturas discursivas favorecem a sua perpetuação. Entender esse problema,
a partir de sua caracterização como problema de saúde pública, indica a
relevância de trabalhadoras e trabalhadores da saúde no enfrentamento desse
fato social. Objetivo geral: compreender processos que favorecem a banalização
do mal, os quais envolvem trabalhadoras e trabalhadores de saúde no âmbito de
uma Unidade Básica de Saúde, no que se refere à intervenção em saúde
relacionada à violência contra a mulher. Para essa compreensão, a presente
pesquisa foi estruturada com abordagem qualitativa, mediante trajetória
conceitual composta pelo conceito de banalização do mal, desenvolvido por
Christophe Dejours a partir do conceito de banalidade do mal apresentada por
Hannah Arendt, e conceito de gênero a partir de Judith Butler. Os dados foram
produzidos com trabalhadoras e trabalhadores da saúde atuantes em funções
exigentes de ensino superior. Essa produção ocorreu principalmente mediante
entrevista semiestruturadas, sendo analisadas a partir da Análise de Similitude
e da Análise de Núcleo de Sentidos. O território de pesquisa foi uma Unidade
Básica de Saúde com equipe de Estratégia Saúde da Família. A análise permitiu
compreender que as trabalhadoras e trabalhadores, diante do enfrentamento a
violência contra a mulher, estão entre banalização e dramatização do mal; a
banalização do mal se consolida como apropriada teoria para análises sobre
trabalhadoras e trabalhadores da saúde acerca da adesão coletiva a condutas
que favorecem o mal; a violência contra a mulher funciona entre território de
saúde e UBS como metaforicamente em movimento osmótico; a racionalidade
neoliberal traz significantes implicações no enfrentamento à violência contra a
mulher. Conduziu a conclusão pela relevância das equipes Estratégia Saúde da
Família e do Sistema Único de Saúde como protagonistas para com a
dramatização do mal, possível de viabilizar satisfatório enfrentamento à violência
contra a mulher.

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