Agregação de fatores de risco para diabetes mellitus gestacional e a macrossomia fetal em participantes do Projeto Viver

Nome: GABRIELA OLIVEIRA

Data de publicação: 27/07/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZABETE REGINA ARAUJO DE OLIVEIRA Presidente
MARCELA VIEIRA CALMON Examinador Externo
MARCIA VALERIA DE SOUZA ALMEIDA Examinador Interno
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Examinador Interno
TAISA SABRINA SILVA PEREIRA Examinador Externo

Páginas

Resumo: A existência de fatores de risco, modificáveis ou não, na vida de mulheres
gestantes favorece o desenvolvimento de doenças e a presença de mais de um
fator de risco tende a potencializar seus efeitos. O presente trabalho teve como
objetivo analisar a agregação de fatores de risco para o desenvolvimento do
diabetes mellitus gestacional e a macrossomia fetal nas participantes do Projeto
Viver. Trata-se de um estudo observacional, seccional, conduzido a partir de dados
coletados pelo Projeto Viver que foi um estudo multicêntrico, longitudinal e estadual
com puérperas e seus recém-nascidos selecionados em três maternidades
localizadas na região Metropolitana e Norte do Espírito Santo. A coleta dos dados
foi realizada entre agosto de 2019 e março de 2020. Primeiro, identificiou-se a
necessidade de realização de uma revisão sistemática para entender mais sobre
a população de interesse. A amostra do artigo 2 foi composta por 2.488 mulheres
que tinham preenchido informações sobre as variáveis de interesse de cada estudo
e teve como objetivo analisar a agregação de fatores de risco (idade materna
avançada, histórico familiar de diabetes mellitus, excesso de peso e multiparidade)
para o diabetes mellitus gestacional. Foi calculada a prevalência dos fatores de
risco, seus intervalos de confiança e distribuições segundo os aspectos
sociodemográficos, como: raça (branca ou não branca), anos de estudo (8 anos
ou >8 anos), trabalha atualmente (Sim ou Não), assistência hospitalar (Filantrópica
ME, Filantrópica NO e Privada) e índice de bens de acordo com a classificação da
Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) (A e B; C; D e E). A
agregação foi avaliada a partir da razão da prevalência dos fatores observados em
relação à prevalência esperada. Verificou-se a agregação dos quatro fatores
analisados (O/E=2). Na agregação dos três fatores de risco, o mais frequente foi
histórico familiar de diabetes, idade materna avançada e multiparidade (O/E=2,8),
No terceiro artigo, além da análise de agregação, também foi calculado o Odds
Ratio de prevalência (ORP) para identificar a agregação de dois fatores,
independente da exposição dos outros dois fatores e teve como objetivo analisar
a agregação de fatores de risco (diabetes gestacional, idade materna avançada,
excesso de peso e multiparidade) para a macrossomia fetal. A amostra foi
composta por 2.488 mulheres e foi identificada a agregação dos quatro fatores de

risco (O/E=3,9). Quanto ao Odds Ratio de prevalência, houve maior associação
entre diabetes gestacional e idade materna avançada (ORP = 2,76), principalmente
naquelas que não trabalham. Apesar do efeito sinérgico dos fatores de risco já ser
conhecido, poucos estudos se debruçam a explorar essas relações, principalmente
nesta população. Estratégias com foco na saúde e no padrão de estilo de vida da
população feminina podem contribuir para o controle da incidência do diabetes
gestacional e macrossomia fetal. Compreender a real situação de puérperas
quanto à agregação de fatores de risco é um passo importante para fomentar
ações e estratégias de prevenção.

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