ANÁLISE DA COMPLETUDE DO TRATAMENTO PREVENTIVO DA TUBERCULOSE NO BRASIL

Nome: JOÃO PAULO COLA

Data de publicação: 18/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Presidente
FRANCIELE MARABOTTI COSTA LEITE Examinador Interno
GEISA FREGONA CARLESSO Examinador Interno
NOEMIA URRUTH LEAO TAVARES Examinador Externo
RICARDO ALEXANDRE ARCENCIO Examinador Externo

Páginas

Resumo: A completude do tratamento preventivo da tuberculose (TPT) ainda
é um desafio a enfrentar, devido aos fatores sociais, econômicos e clínicos da
população acometida e dos esquemas terapêuticos longos ou com altas doses
de medicamentos. O estudo se justifica em apresentar os desafios envolvidos na
completude do TPT e trazer novas oportunidades para o TPT no Brasil com
incorporação da Isoniazida na apresentação de 300mg. Objetivo: Analisar o
tratamento preventivo da tuberculose no Brasil. Metodologia: Para a realização
deste estudo foram adotadas 2 etapas de execução. A primeira etapa foi um
estudo de coorte retrospectiva baseada em dados secundários de TPT
notificados ao sistema brasileiro de informações IL-TB em que foram incluídos
os indivíduos que iniciaram o TPT entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020 e
O desfecho foi a não completude do TPT. Utilizou-se uma modelo regressão de
Poisson de variância robusta para estimar o risco relativo da não completude do
TPT. A segunda etapa trata-se de um ensaio clínico pragmático, randomizado,
não cego para determinar a completude do TPT com o medicamento Isoniazida
na apresentação de comprimido de 300mg. A intervenção do estudo foi o
tratamento da ITB com Isoniazida 300mg. O desfecho primário ocorreu através
da completude do TPT. Foi utilizado uma modelo regressão de Poisson de
variância robusta para estimar o risco relativo da completude do TPT com
Isoniazida 300mg. Resultados: Dos 39,973 TPT notificados no período do
estudo, 8,534 (21,5%) não completaram o TPT. A idade 15–60 anos (RR 1,27,
IC 95% 1,20–1,35), TPT com Isoniazida (RR 1,40, IC 95% 1,19–1,64) e raça/cor
da pele preta (RR 1,17, 95% CI 1,09–1,25) foram associados a um maior risco
de não completude do TPT. O risco de completar o TPT foi 31 vezes maior no
grupo que utilizou o tratamento INH 300mg (RR 1,31, IC95% 1,01 a 1,70). O
efeito médio do TPT com INH 300mg, com base na ponderação do escore de
propensão, descreve que o TPT com INH 300mg melhorou 16% (Coeficiente
0,16, IC95% 0,01 a 0,30) a taxa de completude do tratamento. Conclusão:
Indivíduos da raça/cor da pele preta, mais jovens e em regime de TPT mais
longo, apresentaram maior probabilidade de estarem associados a não
completude do TPT. O regime terapêutico com isoniazida 300mg apresentou
maior completude do TPT. Portanto, este estudo fundamenta estratégias
teóricas e operacionais que respondem à demanda de incorporação de uma
nova formulação do medicamento para o tratamento da ITB na rede do Sistema
Único de Saúde.

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