CARTAS ÀS MARIAS: ESCREVIVÊNCIAS DA ATIVIDADE DE
AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA

Nome: GABRIELA DE BRITO MARTINS SANTOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 08/12/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RITA DE CÁSSIA DUARTE LIMA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CLAUDIA PINHEIRO GARCIA Examinador Externo
BRUNA LIGIA FERREIRA DE ALMEIDA BARBOSA Suplente Externo
CRISTIANE DA SILVA COSTA Suplente Externo
ELIANE DE FÁTIMA ALMEIDA LIMA Orientador
MARIA ANGELICA CARVALHO ANDRADE Examinador Interno

Páginas

Resumo: Esta tese é uma convocação para o despertar, para o arejar das pesquisas e
abordagens dos processos de trabalho em saúde. É apresentada em cartas, crônicas,
escrevivências da atividade, evidenciando uma obra que incita a perfurar texturas,
deslocar formas, tramas e trilhas do cotidiano deixando a nu olhares e expressões
múltiplos do experimentar das tessituras do viver de mulheres que, como agentes
comunitárias de saúde (ACS), no seu fazer, compõem forças, desejos e aspirações.
O estudo apoiou-se na clínica da atividade de Yves Clot e na ética do cuidado de si
de Michel Foucault para a análise do trabalho em saúde, especialmente enfocando o
trabalho das ACS. O aporte metodológico, por sua vez, propõe a aproximação da
Clínica da Atividade, de Yves Clot, e as Escrevivências, de Conceição Evaristo, na
construção de narrativas e escrevivências do cotidiano de trabalho das agentes, numa
autoconfrontação da atividade como tríade viva. As escritas de si, do trabalho e do
coletivo, constituem-se como direções de análise e construção de uma política de
resistência e (re)existência num contexto de pandemia pela COVID-19. O estudo
enfocou a pandemia como analisador de relações, das políticas públicas, da
intensificação e precarização do trabalho em saúde. Os resultados evidenciam
impedimentos da atividade, limitações no agir, sobrecargas e incertezas, diferenças
no trabalho feminino e suas intersecções, mas registra, prioritariamente, as linhas de
fuga, desvios, resistências e (re)existências do fazer história e cuidado de mulheres,
agentes comunitárias de saúde, que, no experimentar da produção de escrevivências
da atividade, num contexto de pandemia, autoconfrontam e estilizam o gênero do
trabalho como agentes comunitárias de saúde, numa aposta de reinvenção do
trabalho e produção de saúde, protagonizados pelo (re)florescer daquelas que o
fazem.

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