HIV e sífilis em mulheres migrantes: ações e desafios no enfrentamento

Nome: FERNANDA LUIZA KILL ALVIM
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/08/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA ILHA DA SILVA Co-orientador
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA ILHA DA SILVA Coorientador
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Examinador Interno
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Orientador
LAYLLA RIBEIRO MACÊDO Suplente Externo
RICARDO ALEXANDRE ARCÊNCIO Examinador Externo

Páginas

Resumo: Introdução: Durante o processo de migração, as populações migrantes podem encontrar maior risco de contrair doenças transmissíveis, incluindo as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), isso se estabelece devido as barreiras de acesso aos serviços de saúde durante o deslocamento, essas barreiras incluem diferenças culturais e de idioma, discriminação, permanência em locais sem condições sanitárias adequadas, entre outros. Frequentemente as mulheres estão no grupo mais exposto e podem ser significativamente mais afetadas. Objetivos: Identificar e analisar a percepção dos gestores de saúde sobre as principais ações adotadas e os desafios encontrados, para o enfrentamento do HIV e Sífilis, em venezuelanas, em situação de migração no Brasil, nas cidades de Boa Vista e Manaus e identificar através de uma revisão sistemática a prevalência de HIV e Sífilis em mulheres migrantes internacionais e refugiadas. Métodos: na etapa 1, estudo transversal, realizado entre janeiro e março de 2021, com uma amostra de 10 gestores das cidades de Boa Vista e Manaus. Os dados foram coletados por meio de um entrevistas, que seguiram um roteiro semiestruturado. A análise das entrevistas foi pautada na técnica de avaliação de conteúdo. Os temas emergentes da análise de conteúdo foram agrupados em: acesso ao serviço, diagnóstico e tratamento; estratégias e ações adotadas; Avaliação das estratégias e ações; desafios; Cenário futuro no enfrentamento do HIV e Sífilis pelas migrantes venezuelanas no Brasil. Na etapa 2, realizou-se uma revisão sistemática da literatura por meio da busca nas seguintes bases de dados: PubMed; LILACS, Web of Science e Embase, até julho de 2022. Duas revisoras selecionaram as pesquisas, extraíram os dados e avaliaram a qualidade metodológica daquelas incluídas. A busca identificou 1.090 publicações, das quais 5 foram incluídas no estudo. Resultados: Foram citados os serviços disponíveis para diagnóstico e tratamento das venezuelanas portadoras de HIV, Aids e/ou Sífilis; percepção sobre oferta de vagas, composição das equipes, documentos necessários para atendimento, desafios para o diagnóstico e tratamento, suporte psicossocial ofertado, existência, ou não, de plano de ação direcionado a esse público nos municípios pesquisados. A prevalência geral de HIV em mulheres migrantes internacionais foi de 0.68% (IC 95% 0.28-1.62. A análise geral incluiu 9.353 mulheres migrantes internacionais ou refugiadas, das quais 100 (1,06%) apresentaram diagnóstico de HIV. Considerações finais: Existem poucas pesquisas sobre prevalência de HIV e estas são ainda mais raras em relação aos dados de prevalência de sífilis em mulheres migrantes internacionais/ refugiadas. A prevalência geral para HIV foi ligeiramente mais baixa do que as estimativas encontradas na população geral. Novos estudos precisam ser realizados para auxiliar no reconhecimento das dificuldades enfrentadas por essa população em suas trajetórias e deslocamentos.

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