Avaliação de Implementação da Política de Educação Permanente
em Saúde na Visão das Equipes do Núcleo Ampliado de Saúde Da
família e Atenção Primária
Nome: WELLEN GÓBI BOTACIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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CAROLINA DUTRA DEGLI ESPOSTI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CAROLINA DUTRA DEGLI ESPOSTI | Orientador |
EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO | Examinador Interno |
MARLY MARQUES DA CRUZ | Examinador Externo |
MEYRIELLE BELOTTI | Suplente Externo |
THIAGO DIAS SARTI | Suplente Interno |
Resumo: INTRODUÇÃO: A Educação Permanente em Saúde possui como foco a
aprendizagem significativa, colaborando para a reflexão crítica sobre o processo de trabalho nos serviços de saúde. Na Atenção Primária à Saúde, a Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária representa importante papel na realização dessas ações. OBJETIVO: Avaliar a implementação da Política de Educação Permanente em Saúde na visão dos profissionais da Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária no município de Vitória, Espírito Santo. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, por meio de um estudo de caso no município de Vitória, Espírito Santo. Desenvolveu-se uma abordagem mista,
baseada na triangulação de métodos quantitativos e qualitativos. Foi realizada a
análise documental e da literatura para elaboração do Modelo Lógico e da Matriz de Análise e Julgamento da implementação da política. Foram selecionados profissionais com pelo menos um ano de atuação em equipes do Núcleo. Utilizou-se questionários semiestruturados sobre a participação desses profissionais nas atividades de Educação Permanente em Saúde e resultados alcançados com essas ações no cotidiano do serviço na Atenção Primária Saúde (n=49). Também foram realizadas entrevistas com abordagem qualitativa, com esses profissionais (n=28), com auxílio de um roteiro-guia sobre: conceito de Educação Permanente em Saúde e sua relação com a Educação Continuada; envolvimento de atores e instituições na
articulação e realização de ações de Educação Permanente em Saúde; fatores que
influenciam a implementação da política; e monitoramento e avaliação das ações.
Foi realizada a análise quantitativa dos dados dos questionários por meio de
estatística descritiva e, a análise de conteúdo qualitativa dos dados das entrevistas,
visando classificar o grau de implementação da Política de Educação Permanente
segundo a matriz avaliativa proposta e analisar os fatores contextuais relacionados
à sua implementação. RESULTADOS: O grau de implementação da Política de
Educação Permanente no município de Vitória obtido foi Pleno, na visão dos
profissionais da Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária,
com destaque para: atuação da Escola Técnica e Formação Profissional do Sistema
Único de Saúde; parceria dos atores e instituições na implementação da política;
grande participação dos profissionais nos processos formativos; capacitação para
atuação do profissional na Atenção Primária à Saúde, a mudança em sua prática
profissional e na resolução das demandas locais. A presença da Escola Técnica e
da Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária no município
parecem ter favorecido o processo de implementação da Política de Educação
Permanente em Saúde. Apesar do bom resultado alcançado, ainda existem barreiras
nesse processo, como o baixo envolvimento das gestões municipal e dos serviços
no planejamento de ações de Educação Permanente em Saúde, a escassez de
recursos humanos e financeiros para as ações e a ausência de monitoramento e
avaliação das mesmas. Ademais, a ausência de um espaço instituído nas agendas
dos profissionais que garanta sua participação nessas ações, a centralidade do
trabalho nos atendimentos individuais e a lógica produtivista, que geram sobrecarga
de trabalho, e a falta de entendimento dos conceitos relativos à Educação
Permanente em Saúde também emergiram como barreiras à implementação da
política no município. CONCLUSÃO: Foram evidenciados pontos positivos, que
culminaram no grau de implementação Pleno da política, porém permanecem
desafios para sua implementação, relacionados principalmente à gestão dos
serviços. Diante dos resultados evidenciados, recomenda-se que a gestão e os
trabalhadores dos serviços de saúde possam promover ações que favoreçam a
continuidade da implementação da política, para a formação de recursos humanos no e para o serviço.