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NARRATIVAS DE MULHERES COM GESTAÇÃO DE ALTO RISCO EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: DESAFIOS PARA A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO

Nome: MAYARA CICILIOTTI DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA ANGELICA CARVALHO ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
SIBELLE MARIA MARTINS DE BARROS Suplente Externo

Páginas

Resumo: As propostas de redefinição das práticas de pré-natal e assistência ao parto no país

durante a pandemia trouxeram à tona os múltiplos sentidos do risco, podendo-se des-
tacar a inclusão de todas as gestantes e puérperas no “grupo de risco” para a Covid-
19 e a implementação de protocolos sanitários mais rígidos e a restrição de acompa-
nhantes. Apesar do avanço da produção de conhecimento científico sobre o parto e o

nascimento, esse processo possibilitou a preponderância da narrativa do prontuário
pautada em fatos clínicos em detrimento de espaços de troca para falarem das suas
experiências a partir dos seus pontos de vista sobre os processos de luta e resistência
que não começaram nem terminariam durante a hospitalização. Com isso, propôs-se
compartilhar as narrativas de mulheres com diagnóstico de gestação de alto risco que

se encontravam internadas em uma Maternidade da cidade de Vitória (ES) no con-
texto da pandemia de Covid-19. Para tal, inspirado na aposta metodológica das Es-
crevivências cunhada por Conceição Evaristo, participaram do estudo 22 mulheres e

suas histórias foram apresentadas através do gênero literário de contos, trazendo a

irrupção da pandemia como um analisador das práticas de cuidado prestadas às mu-
lheres com gestação de Alto Risco em hospitalização. A partir dessa experiência de

encontro com mulheres e suas narrativas foram propostas três linhas de análise: con-
cepções de cuidado e maternidade; papel social da identidade mulher-mãe; e projetos,

protagonismos e resistências. Os resultados do estudo apontaram que a pandemia

trouxe a cronificação de desafios já existentes, como discriminações de gênero e po-
líticas que perpetuam o sexismo e o racismo estrutural. Diante disso, é possível assi-
nalar os efeitos da pandemia na ameaça na garantia dos direitos reprodutivos de mu-
lheres e principalmente em sociedades em que gravidez e nascimento foram medica-
lizados, tendo o risco como conceito-chave. Assim, aponta-se para a importância das

práticas de cuidado que preconizam a escuta ativa, o protagonismo de mulheres e de
todos os atores envolvidos, para que se fique às voltas com a cronificação de desafios
já conhecidos e que ainda não foram superados.

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