CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA- ES

Nome: ANA MARIA ABREU DE OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZABETE REGINA ARAÚJO DE OLIVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Examinador Interno

Páginas

Resumo: Alimentos ultraprocessados vêm ganhando espaço na alimentação do brasileiro,
impactando na saúde e no estado nutricional, especialmente nos grupos de
menor escolaridade e renda. O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação
entre o consumo percentual de alimentos ultraprocessados e as subescalas do
comportamento alimentar em Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Trata-se
de um estudo transversal, observacional, com 247 ACS do município de Vitória
– ES. O consumo alimentar foi obtido a partir de dois recordatórios de 24 horas,
utilizado para estimar o percentual de participação calórica dos alimentos
ultraprocessados (AUP) na dieta total, e, posteriormente, classificados de acordo
com a NOVA.O comportamento alimentar foi avaliado através do “Dutch Eating
Behavior Questionnaire” (DEBQ) para as subescalas “alimentação emocional”,
“restrição alimentar” e “alimentação externa”. Utilizou-se a regressão logística
multivariada para avaliar a associação entre a maior mediana do percentual de
consumo de alimentos ultraprocessados, o comportamento alimentar, estado
nutricional (IMC) e a obesidade abdominal (RCE), estilo de vida e características
sociodemográficas. Foram feitos ajustes para os potenciais fatores de confusão,
a saber: sexo, idade, classe socioeconômica, escolaridade, tempo de tela no
lazer, consumo de frutas, verduras e legumes e comportamento alimentar.
Globalmente os AUP contribuíram com 32,21% da ingestão calórica total. Para
91,1% da amostra o consumo de frutas, verduras e legumes estava abaixo do
ideal (< 400g/dia) e 72,5% apresentaram diagnóstico nutricional de adiposidade
abdominal avaliada pela RCE. No modelo final ajustado, observou-se que os
participantes pertencentes a faixa etária entre 41 e 59 anos tiveram 49% menos
chance de consumir percentuais calóricos acima da mediana de 30,2% de AUP
(OR=0,51; IC95% 0,26-0,99). Entretanto, os ACS que tiveram a alimentação
externa como estilo alimentar dominante apresentaram 2,2 vezes mais chances
(OR= 2,18; IC95% 1,23-3,12) de consumirem percentuais calóricos maiores ou
iguais à mediana de consumo de AUP. Concluiu-se que ter a alimentação
externa como estilo alimentar dominante no comportamento alimentar está
associado a maior chance do consumo de AUP.

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