Desempenho de diferentes indicadores de obesidade na identificação da resistência à insulina em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil)

Nome: HULLY CANTÃO DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/07/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE GERALDO MILL Orientador
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Examinador Interno
VIVIAN CRISTINE LUFT Examinador Externo

Resumo: Trata-se de uma dissertação de mestrado cujo objetivo foi avaliar o desempenho de diferentes IO na identificação da RI. A dissertação foi estruturada em dois artigos: um artigo de revisão sistemática e um artigo original utilizando os dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O artigo de revisão avaliou a associação entre os IO e a RI por meio de estratégias de buscas nas bases de dados Medline, Pubmed, LILACS, IBECS-ES e MedCarib até abril de 2019. Foram incluídos 12 artigos e foi observada associação positiva entre indicador de obesidade e HOMA-IR em todos os estudos. O indicador de obesidade que mais esteve positivamente associado ao HOMA-IR foi o IMC, seguido da circunferência da cintura. O segundo artigo teve como objetivo analisar pontos de corte de diferentes indicadores de obesidade para identificar a presença de RI calculada pelo HOMA-IR em homens e mulheres de diferentes grupos de raça/cor. A amostra foi constituída de 12.257 participantes. Avaliou-se o desempenho do Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), e relação cintura-estatura (RCE). A RI foi avaliada por meio do índice HOMA-IR considerando como desfecho os valores acima do P75. A associação entre os IO e o HOMA-IR foram analisadas por meio da regressão logística. Os pontos de corte ideais foram determinados por meio da maximização do índice de Youden a partir das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC). Observou-se associação positiva entre os IO e a RI. Os três IO apresentaram desempenho semelhantes. O indicador de obesidade que apresentou maior diferença nos valores de corte entre os sexos foi a CC (homens: 96,4 cm; mulheres: 87,9 cm). Apesar de a CC ter apresentado um desempenho ligeiramente superior, recomenda-se o uso do IMC com o valor de corte de 27,0 Kg/m² para homens e mulheres, independente do grupo étnico, para prever a RI na atenção primária, visto que o seu desempenho foi similar à CC e para a sua obtenção são necessárias medidas simples. Os achados de ambos os estudos demonstraram que o IMC pode ser utilizado no rastreio da RI de forma satisfatória podendo ser empregado como estratégia preventiva do desenvolvimento de DM2 e doenças cardiovasculares.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105