VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA ENTRE ADOLESCENTES NO ESPÍRITO SANTO: UMA ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS DE 2011 A 2018
Nome: MAYARA ALVES LUIS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/06/2021
Orientador:
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Papel |
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FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE | Orientador |
Banca:
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Papel |
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EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO | Suplente Interno |
FABIO LUCIO TAVARES | Examinador Externo |
FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE | Orientador |
MARIA CARMEN MOLDES VIANA | Examinador Interno |
NÁTALY ADRIANA JIMENÉZ MONROY | Suplente Externo |
Resumo: Introdução: A adolescência é um ciclo da vida em que ocorre o início da maior independência
e contato social. Durante esse período, os indivíduos podem adotar comportamentos de risco
ao tentarem buscar novas experiências e desafios, o que facilita as relações com os grupos de
pares e contribui para o desenvolvimento da autonomia e que podem acarretar consequências
negativas ao desenvolvimento. Influenciados por vários fatores, o comportamento suicida e a
lesão autoprovocada sem intenção suicida são agravos que apresentam alta magnitude entre os
adolescentes, sendo fatores de risco para suicídio. Objetivos: Identificar a frequência da lesão
autoprovocada em adolescentes, notificados no Espírito Santo no período de 2011 a 2018, e,
sua associação com as características da vítima e da agressão. Método: estudo analítico do tipo
transversal. Os dados foram obtidos a partir dos dados notificados de violência autoprovocada
e sexual contra adolescentes registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação
(SINAN) no Espírito Santo entre 2011 e 2018. A variável dependente do estudo foi lesão
autoprovocada e as variáveis independentes foram idade; raça/cor; deficiência/transtorno; zona
de residência; local de ocorrência; ocorreu outras vezes; meio de agressão e suspeita de
consumo de álcool. Foram realizadas análises bivariadas por meio do teste Qui-Quadrado (χ2)
e exato de Fisher. A análise multivariada realizada considerou o modelo log-binomial e os
resultados do ajuste foram apresentados em termos da Razão de Prevalência. Todas as análises
foram conduzidas utilizando-se os programas estatísticos STATA 13.0 e R. Resultados: A
prevalência de casos notificados de lesão autoprovocada foi 33,0% e desse total 79,8% ocorreu
entre adolescentes do sexo feminino. Em relação às associações, observou-se maior prevalência
em adolescentes com idade de 13 a 17 anos (sexo feminino) e de 18 a 19 anos (sexo masculino)
e entre aqueles com deficiência ou transtorno. Maiores prevalências foram encontradas na
residência e habitação coletiva, bem como entre aqueles que não consumiram álcool no evento.
No sexo feminino também houve associação com a zona urbana (p< 0,05). Conclusão:
Ressalta-se a importância das ações de promoção de saúde, prevenção e de recuperação entre
os adolescentes a fim de reduzir a ocorrência do agravo e possíveis outros desfechos como o
suicídio.