USO DE ÁLCOOL E TABACO ENTRE UNIVERSITÁRIOS DE FISIOTERAPIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Nome: MONIQUE RANGEL DO NASCIMENTO DE MORAES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/02/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARLUCE MECHELLI DE SIQUEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BRUNO PEREIRA DA SILVA Examinador Externo
EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO Examinador Interno
GRACE KELLY FILGUEIRAS FREITAS Suplente Externo
MARCOS VINÍCIUS FERREIRA DOS SANTOS Coorientador
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Suplente Interno

Páginas

Resumo: A prevalência do consumo de substâncias psicoativas entre universitários é maior
quando comparado à população geral. O objetivo do presente estudo foi analisar os
fatores associados ao uso do álcool e tabaco entre universitários de fisioterapia de
uma universidade pública. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem
quantitativa, desenvolvido em uma amostra de 154 universitários, o que corresponde
a 60,6% dos acadêmicos matriculados no curso de fisioterapia no ano de 2018. As
análises estatísticas envolvidas foram a univariada, os testes qui-quadrado e exato
de Fisher e a regressão logística binária. Houve predominância do sexo feminino
(74,7%), com média de idade de 21,35 anos, de religião católica (50,0%) e de
classes sociais A/B (53,2%). A prevalência do uso de álcool entre universitários de
fisioterapia foi maior quando comparado à população geral, com índices na vida, no
ano e no mês respectivamente de 80,5% e 68,1%; 61,2% e 46,4%; 60,4% e 33,0%.
Quanto ao uso de tabaco, observa-se que 39% dos estudantes relataram uso na
vida, 22,1% uso no ano e 9,1%, uso no mês. Ao compararmos estes achados com o
estudo feito na população universitária notamos que o consumo de tabaco foi menor
na amostra estudada, em contrapartida, observamos que a frequência de uso na
vida desta substância foi maior entre universitários de fisioterapia em relação a
outros cursos estudados pelo Centro de Estudos e Pesquisas sobre Álcool e Outras
Drogas: Interconexões. Foram encontradas associações nas frequências de uso na
vida, no ano e no mês de álcool que mantiveram-se após o modelo de regressão,
sendo que os alunos de períodos iniciais apresentaram menos chance de fazer o
uso na vida desta substância (OR: 2,53; IC95%: 1,074-5,965); em alunos do grupo
étnico branco apresentaram menos chance de fazer o consumo no ano (OR: 0,45;
IC95%: 0,229-0,897) e no mês de álcool (OR: 0,44; IC95%: 0,224-0,867). Além
disso, os estudantes do grupo étnico branco, pertencentes as classes sociais C/D/E,
respectivamente, apresentaram menos chance de fazer o consumo no padrão binge
drinking nos últimos 12 meses (OR: 2,13; IC95%: 1,093-4,154; OR: 2,14; IC95%:
1,098-4,182). Quanto ao uso na vida de tabaco, os fatores que mantiveram-se
associados foram ser mulher e com religião, respectivamente, apresentando menos
chance de fazer o consumo desta substância na vida (OR: 0,46; IC95%: 0,219-
0,997); (OR: 3,81; IC95%: 1,344-10,845). Além disso, ser do sexo feminino, do
grupo étnico não branco e ser praticante de religião, respectivamente, foram
associados a menos chance de fazer o uso no ano de tabaco (OR: 0,27; IC95%:
0,115-0,656; OR: 0,39; IC95%: 0,171-0,931; OR: 3,51; IC95%: 1,385-8,900).
Os resultados demonstram que há a necessidade de entender o consumo destas
substâncias e os aspectos relacionados à qualidade de vida nessa amostra
populacional, uma vez que possibilitará a criação de mecanismos de suporte para o
enfrentamento das adversidades e subsídios que possam nortear o desenvolvimento
de estratégias de promoção da saúde e qualidade de vida, bem como uma política
de prevenção ao uso de substâncias psicoativas para melhoria das condições de
saúde dos acadêmicos de fisioterapia no âmbito universitário.

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