PREVALÊNCIAS E FATORES ASSOCIADOS À VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO NA GESTAÇÃO: ESTUDO REALIZADO EM CARIACICA, ESPÍRITO SANTO.
Nome: RANIELLE DE PAULA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/02/2021
Orientador:
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Papel |
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FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE | Orientador |
Banca:
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Papel |
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ANA DANIELA IZOTON DE SADOVSKY | Examinador Externo |
EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO | Examinador Interno |
FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE | Orientador |
MARIA CARMEN MOLDES VIANA | Suplente Interno |
SUELY FERREIRA DESLANDES | Suplente Externo |
Resumo: Introdução: A violência quando investida contra a mulher apresenta disseminação social em
todo o mundo, sendo notada como uma forma de violação dos direitos e da dignidade da
mulher. Ao estudar a violência pelo parceiro íntimo, é importante considerá-la como
fenômeno presente na gravidez, tornando-se ainda mais preocupante. Objetivo: Analisar as
prevalências e os fatores associados à violência por parceiro íntimo durante a gestação entre
puérperas internadas em uma maternidade do município de Cariacica, Espírito Santo.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico, realizado com 330 puérperas
internadas em uma maternidade de baixo risco. Para a coleta de dados foi aplicado um
questionário sobre características socioeconômicas, comportamentais, clínicas e experiência
de vida. A violência por parceiro íntimo foi rastreada pelo instrumento da Organização
Mundial de Saúde, que possibilita a identificação das violências psicológica, física e sexual.
Os dados foram analisados no programa Stata 13.0, nesta análise bivariada serão realizados os
testes qui-quadrado e exato de Fisher e na análise multivariada, a regressão de Poisson com
variância robusta. Resultados: Foram encontradas as prevalências de 16,1% de violência
psicológica, 7,6% de física e 2,7% de sexual na gestação. A violência psicológica esteve
associada à idade, à renda familiar, ao início da vida sexual, à doença na gravidez, ao desejo
de interromper a gestação e ao número de parceiro. A física teve associação com a
escolaridade, início da vida sexual e doença na gravidez. Enquanto a violência sexual
manteve-se associada à situação conjugal e se desejou interromper a gestação (p<0,05). No
que se refere às características do parceiro, as puérperas cujos companheiros consomem
bebida alcoólica, não trabalham, que se recusam a usar preservativo e que não eram pais do
recém-nascido apresentaram maior prevalência de violência durante a gestação (p<0,05).
Conclusão: A violência psicológica foi mais prevalente durante a gestação, seguida da
violência física e sexual. Características socioeconômicas, clínicas/obstétricas e
comportamentais das puérperas, assim como as do parceiro íntimo foram associadas à maior
prevalência de violência. Os resultados do estudo contribuem no conhecimento sobre a
magnitude e os fatores associados ao fenômeno da violência durante a gestação.