PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, COMPORTAMENTAL E CLÍNICO DE USUÁRIOS(AS) TRANSGÊNEROS(AS) ATENDIDOS(AS) NO AMBULATÓRIO DE DIVERSIDADE DE GÊNERO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: CAROLINE SIMÕES CALDEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/11/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador
CAROLINA MAIA MARTINS SALES Suplente Interno
HELENA LUCIA BARROSO DOS REIS Suplente Externo
NEIDE APARECIDA TOSATO BOLDRINI Coorientador
SANDRA FAGUNDES MOREIRA DA SILVA Examinador Externo

Páginas

Resumo: Introdução: Pessoas transexuais e suas necessidades não são bem
compreendidas pelos profissionais de saúde. A falta de informação adequada faz a
sociedade a adotar estigmas e preconceito, levando a consequências negativas para
a saúde e o bem-estar dessas pessoas. Para que a população transgênera tenha
acesso adequado aos serviços de saúde, é necessário garantir a eles um
atendimento respeitoso, devendo este ser um compromisso do Sistema Único de
Saúde. Objetivos: Este estudo avaliou o perfil dos usuários transgêneros atendidos
no ambulatório de diversidade de gênero do Hospital Universitário Cassiano Antônio
Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo, de acordo com o perfil
sociodemográfico, comportamental e clínico. Métodos: Trata-se de estudo em corte
transversal conduzido em usuários transgêneros, no período de novembro 2018 a
dezembro 2019. Os participantes responderam a um questionário com dados
sociodemográficos, comportamentais e clínicos. Foram realizados exame físico,
testes rápidos para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite B e C, coleta de espécime
para citologia cervical e anal, e biologia molecular para diagnóstico de vírus
papiloma humano (HPV). Foram estimadas por gênero e realizadas associações
com variáveis sociodemográficas, testadas por meio de testes de qui-quadrado, com
correção de teste de Fisher. Resultados: A maioria dos participantes era jovem,
idade entre 20 a 30 anos (61,53%), 82 (78,8%) tinham 11 anos ou mais de estudo.
Essas variáveis foram significativamente associadas ao gênero, sendo que os
homens transgênero eram os mais jovens (44,2%, p=0,066) e os com mais tempo de
estudo (54,8%, p=0,034), além de terem maior renda familiar p=0,053. A frequência
de acesso a emprego formal foi de 31,73%. Quase metade teve pelo menos uma
IST (44,2%); 51% utilizavam ou já tinham utilizado hormônios e 14,4% faziam uso
sem prescrição; 22,1% relataram história de abuso sexual e 53,8% relataram
ideação suicida 53.8%. Conclusão: A população de transgêneros atendida no
HUCAM-UFES vive em um contexto de vulnerabilidade social. Toda diversidade
dessa população deve ser considerada em estudos, intervenções e na formulação
de políticas públicas de saúde, visando um atendimento adequado e eficiente para
esses no Sistema Único de Saúde.

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