ANÁLISE DA TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO FEMININA DO ESPÍRITO SANTO.

Nome: ROGÉRIO AUGUSTO DE PAULA JÚNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/03/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANA ZANDONADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO Suplente Interno
ELIANA ZANDONADE Orientador
FABIO LUCIO TAVARES Examinador Externo
GEISA FREGONA CARLESSO Examinador Interno
GUSTAVO ENRICO CABRAL RUSCHI Suplente Externo

Resumo: Introdução: As causas externas de mortalidade representam um desafio para a
saúde pública, pois incidem sobre diversos grupos populacionais impactando famílias
e a sociedade. Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por causas externas na
população feminina do estado do Espírito Santo no período entre o ano de 2005 e
2015. Métodos: Estudo ecológico com foco na análise de tendência temporal. Os
dados de óbitos foram coletados através do Sistema de Informação de Mortalidade.
Foram considerados os óbitos descritos no Capítulo XX (Causas Externas) da 10a
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde (CID-10) e suas subcategorias. Foram calculadas taxas de mortalidade
padronizadas e variação percentual da mortalidade, através do programa Microsoft
Excel, a análise de tendência foi realizada por meio do software Statistical Package
for the Social Science - SPSS versão 20.0. Resultados: Considerando todas as faixas
etárias a análise demonstrou tendência crescente da mortalidade por causas externas
no Brasil (p-valor = 0,021) e a tendência crescente dos óbitos por agressões no Brasil,
região Sudeste e decrescente no Espírito Santo (p-valor = 0,049). Durante todo
intervalo analisado o Espírito Santo demonstrou taxas de mortalidade por causas
externas com magnitudes superiores ao nível regional e nacional. No Espírito Santo a
faixa etária de mulheres de 10 a 49 anos apresentou maior percentual de mortes, na
categoria raça/cor ocorreu maior frequência de óbitos de mulheres pardas e brancas
(81,44%), solteiras e viúvas representaram 58,53% das mortes e 50% dos óbitos
ocorreram em hospitais ou outros estabelecimentos de saúde. A escolaridade é a
variável com maior percentual de informação ignorada (61,58%). Nesta faixa etária
destacou-se a tendência crescente das mortes por agressões no Brasil, decrescente

no Sudeste e no Espírito Santo a tendência decrescente a partir do ano de 2009 (p-
valor = 0,006). As mortes em decorrência de acidentes de transporte apresentaram

tendência decrescente no Sudeste e no Espírito Santo o mesmo fenômeno é
observado a partir do ano de 2010 (p-valor = 0,001). Por fim na população com faixa
etária de 70 ou mais anos, em todos os níveis de análise, verificou-se tendência
crescente dos óbitos classificados como outras causas externas de lesão acidental.
Conclusão: Os resultados obtidos evidenciam a evolução das taxas de mortalidade
da população feminina, podem ser uteis para a avaliação da efetividade de
intervenções direcionadas às causas de morte analisadas e manifestam a
necessidade de reforçar estratégias para enfrentamento da tendência crescente da
mortalidade por causas externas no país.

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