PREVALÊNCIA DE USO DE MEDICAMENTOS E FATORES ASSOCIADOS: UM ESTUDO EM AGRICULTORES DO ESPÍRITO SANTO

Nome: SAMILA BREDER EMERICH MENDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/12/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA Suplente Interno
EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO Examinador Interno
JOSE GERALDO MILL Coorientador
LORENA ROCHA AYRES Examinador Externo
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador

Páginas

Resumo: Poucos estudos que avaliam a prevalência de uso de medicamentos têm sido
direcionados às populações rurais, que possuem características peculiares sob o ponto
de vista da saúde coletiva, resultando em diferenças no acesso e uso de medicamentos.
Diante desse cenário, o objetivo do estudo foi analisar o uso de medicamentos e a
associação com características sociodemográficas, laborais, comportamentais e
autoavaliação do estado de saúde em agricultores. Trata-se de estudo epidemiológico
transversal em amostra aleatória de 790 agricultores de 18 a 59 anos, de ambos os
sexos, do município de Santa Maria de Jetibá, ES, Brasil. Os dados foram obtidos por
questionário durante visita a uma Unidade de Saúde para coleta de dados clínicos e
laboratoriais previstos no projeto. Os medicamentos listados foram agrupados segundo
o Sistema de Classificação Anatômico-Terapêutico (ATC) nos níveis 1 e 2. Foi realizada
análise descritiva com cálculo de frequências absolutas e relativas. As associações
entre as variáveis do estudo e o uso de medicamentos foram avaliadas pelo teste de
qui-quadrado. As variáveis que se mostraram associadas com o desfecho com nível de
significância de 5% no teste de qui-quadrado foram testadas por regressão logística
binária. A prevalência de uso de medicamentos foi de 44,2%, sendo menor no sexo
masculino (30,3%) do que no feminino (59,4%). Os fármacos mais utilizados foram
aqueles com ação nos sistemas cardiovascular e nervoso e os fármacos que atuam no
aparelho digestivo e metabolismo. Após análise ajustada, o uso de medicamentos
esteve associado ao sexo feminino, faixa etária de 40 a 59 anos e autoavaliação do
estado de saúde como regular ou ruim. Ser do sexo feminino aumentou em 2,38 vezes a
chance de relatar uso de medicamentos, assim como ser da faixa etária de 40 a 59 anos
aumentou em 2,87 vezes a chance de consumir medicamentos. Além disso, a
autoavaliação do estado de saúde se mostrou inversamente associada ao uso de
medicamentos, uma vez que o grupo que declarou ter uma saúde regular/ruim relatou
consumir 2,16 vezes mais medicamentos que o grupo que autoavaliou sua saúde como
muito boa ou boa. Conclui-se que o presente estudo permitiu verificar a prevalência de
uso de medicamentos em uma população pouco estudada e com maior dificuldade de
acesso aos serviços de saúde, a população rural, sendo de extrema importância para
subsidiar políticas e alocação de recursos em Saúde Pública.

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