Na saúde e na imprensa: avaliação do Programa Mais Médicos no Sistema Único de Saúde

Nome: TATIANA BREDER EMERICH
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 07/06/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA Orientador

Resumo: O Programa Mais Médicos (PMM) foi uma política instituída em 2013 com o
objetivo principal de diminuir a carência de médicos em áreas vulneráveis, de
difícil acesso e de difícil fixação desses profissionais no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS). Trata-se de um programa que gerou grandes controvérsias,
inquietações, menifestações midiáticas favoráveis e contrárias. Essa tese teve
por objetivo avaliar a implantação do PMM no SUS, a partir de notícias de jornais
e de dados dos municípios do Espírito Santo (ES), Brasil, contemplados pelo
programa. Foi realizado um estudo quantitativo e qualitativo realizado por meio
da análise das informações disponibilizadas Secretaria de Saúde do Espírito
Santo, aliado às notícias divulgadas pelos meios de comunicação sobre a
temática. O estudo foi dividido em três fases: 1. realização de uma pesquisa
qualitativa em um dos jornais de maior circulação e abrangência no país, o jornal
Folha de S. Paulo, sendo os títulos das notícias analisados pela técnica de
Análise de Conteúdo; 2. estudo avaliativo nos jornais capixabas de maior
circulação, o jornal A Tribuna e o jornal A Gazeta, de junho a dezembro de 2013,
sendo as notícias analisadas pela técnica de Análise de Discurso; e 3. estudo
avaliativo da dos dados do ES referentes à implantação desse programa,
propondo indicadores da cobertura de médicos. Os resultados evidenciaram que
o PMM foi alvo de intenso e ruidoso debate nos meios de comunicação, os quais
muitas vezes contribuíram para a construção de um imaginário desfavorável em
relação ao programa, indo de encontro ao que as pesquisas evidenciam sobre o
mesmo. Foi possível traçar o delineamento da implantação dessa política no ES,
evidenciando que os médicos brasileiros e intercambistas individuais foram
alocados para municípios prioritariamente para municípios de médio e grande
porte, enquanto os médicos cubanos foram alocados prioritariamente para as
áreas de maior vulnerabilidade social. Observou-se ainda que apesar do
incremento de médicos ocorrido com esse programa, o ES ainda não atingiu um
provimento desejável desses profissionais para a população de extrema
pobreza.

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