Depressão e trajetória de medidas antropométricas: resultados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Nome: DANIELA ALVES SILVA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/12/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CARMEN MOLDES VIANA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CARMEN MOLDES VIANA Orientador

Resumo: A relação entre depressão e indicadores de adiposidade corporal tem sido
extensivamente estudada, porém existem lacunas acerca dos fatores associados e dos mecanismos envolvidos. O objetivo desta Tese foi avaliar a associação entre depressão (e seus subtipos clínicos), autoimagem corporal e indicadores de adiposidade em adultos, resultando em três artigos: dois artigos de revisão sistemática, sendo um deles com meta-análise, e um artigo original. O artigo de meta-análise avaliou a associação entre subtipos de depressão (melancólica e atípica) e índices de adiposidade a partir de uma revisão sistemática de literatura, por meio de 12 estratégias diferentes de busca, com a inclusão de 8 estudos. Foram Identificadas maiores medidas de IMC (média de 2,47 pontos) em indivíduos com depressão atípica do que entre aqueles com depressão melancólica. O segundo artigo de revisão sistemática incluiu 5 estudos selecionados a partir da combinação dos descritores body image, adults, depress*, body mass index, body size, body weights and measures. Foi identificada uma associação entre depressão, indicadores antropométricos e autoimagem corporal em todos os estudos, mesmo com diversidade na forma de avaliação da autoimagem corporal e na análise de dados. O terceiro artigo utilizou dados de 13.684 participantes da linha de base (2008-2010) e da segunda onda (2012-2014) do ELSA-Brasil. A identificação de depressão foi considerada a partir da combinação do diagnóstico obtido através do
Clinical Interview Schedule - Revised (CIS-R) e do uso corrente de medicamentos antidepressivos em qualquer uma das avaliações. Os indivíduos foram classificados em: Grupo 1) Sem diagnóstico de depressão e sem uso de antidepressivos; Grupo 2) Com depressão e sem uso de antidepressivos; Grupo 3) Sem depressão e com uso de antidepressivos; Grupo 4) Com depressão e com uso de antidepressivos. O papel das diferentes classes de antidepressivos foi também investigado. Peso, estatura e circunferência da cintura (CC) foram aferidos seguindo protocolos padronizados, com posterior estimativa do Índice de Massa Corporal (IMC), Relação Cintura-Estaura (RCE) e do Índice de Conicidade (ICon). Dados sociodemográficos foram obtidos por meio de questionários. Modelos de regressão linear múltiplos identificaram incrementos na trajetória de todos os indicadores antropométricos, nos
Grupos 3 e 4, para o sexo feminino. No entanto, para o sexo masculino, houve
aumento apenas na CC, RCE e ICon entre os participantes do Grupo 3. Somente a classe de inibidores seletivos de recaptação de serotonina se mostrou associada ao aumento na trajetória de adiposidade. O monitoramento de indicadores antropométricos em indivíduos com depressão é essencial considerando os sintomas da doença e os efeitos adversos do tratamento, além de direcionar o planejamento e implementação de políticas públicas.de prevenção e controle da obesidade, depressão e condições metabólicas associadas.

Palavras-chave: depressão, antidepressivo, adiposidade, doenças
cardiovasculares.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105