O parto na TV: um estudo a partir de um programa de jornalismo utilitário sobre saúde
Nome: MAIÚMY HUÉLIDA GOMES ODASHIMA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2017
Orientador:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA | Orientador |
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA | Orientador |
ALINE GUIO CAVACA | Coorientador |
CAROLINA DUTRA DEGLI ESPOSTI | Suplente Externo |
EDSON THEODORO DOS SANTOS NETO | Examinador Interno |
JOSÉ EDGARD REBOUÇAS | Examinador Externo |
Páginas
Resumo: O campo da Comunicação e Saúde é um campo desafiador, pois ao cruzar
conceitos da Comunicação com conceitos da área da Saúde cria-se a
necessidade de um diálogo entre especialistas de ambos os lados, a fim de
convergirem para o estudo de um campo com muitas potencialidades.
O trabalho apresentado nesta Dissertação analisou os vídeos relacionados ao
parto veiculados pela mídia televisiva, nos anos de 2011 a 2016. O resultado
da pesquisa é apresentado na forma de artigo que se trata de um estudo
qualitativo cujo objetivo foi analisar como o parto é representado no programa
Bem-Estar, um programa de jornalismo utilitário que aborda, especificamente,
temas sobre saúde. A fim de verificar como a mídia tem discutido o tema e as
questões que o permeiam, a discussão foi baseada na crítica à sociedade
medicalizada que Ivan Illich faz em seu livro Nêmesis da medicina: a
expropriação da saúde. Foi realizada uma Análise de Conteúdo do material
empírico, dando origem a cinco categorias: o parto como mercadoria; a
normalização da cesárea como modo de nascer; o efeito contraprodutivo das
cesáreas; a alienação da dor e em busca da autonomia. A partir destas
categorias foi realizada uma discussão sobre a medicalização do parto na
sociedade moderna e suas consequências a nível individual e social.
Concluiu-se que o cenário atual das práticas obstétricas é resultado de uma
superprodução heterônoma médica que leva a uma e medicalização
exacerbada a partir de uma classificação iatrogênica das etapas da vida. O
excesso de tecnologias no manejo do parto apresenta consequências que
perpassam fatores econômicos sociais e de saúde e que devem ser discutidos
abertamente com a sociedade. Uma Comunicação efetiva e adequada acerca
do assunto é fundamental para a recuperação do exercício da autonomia das
mulheres em relação ao seu corpo e seus processos vitais.