QUALIDADE DE VIDA E FELICIDADE RELACIONADAS A SAÚDE BUCAL EM ADOLESCENTES

Nome: MARCELA VIEIRA CALMON
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/08/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA SANTANA COELHO ALMEIDA Examinador Interno
DANIELA FEU ROSA KROEFF DE SOUZA LAIGNIER Examinador Externo
DENISE MARIA KROEFF DE SOUZA CAMPOS Suplente Externo
ELIZABETE REGINA ARAÚJO DE OLIVEIRA Suplente Interno
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Examinador Interno

Páginas

Resumo: Introdução: A adolescência para a Odontologia representa um período considerado de risco em relação aos agravos de saúde bucal devido a um maior risco para inúmeros problemas bucais, em decorrência do limitado controle do biofilme dentário e da diminuição dos cuidados de higiene oral. Objetivo: Avaliar o impacto das desordens bucais na qualidade de vida; a relação da saúde bucal com a felicidade; e as associações entre qualidade de vida e felicidade e variáveis sociodemográficas, clínicas bucais e de utilização de serviços odontológicos em adolescentes. Métodos: A amostragem consistiu em 387 adolescentes de 05 escolas públicas das zonas urbana e rural. Quatro roteiros estruturados foram aplicados e exame clínico tátil visual foi realizado. Qualidade de vida associada à saúde bucal foi verificada pelo OHIP-14. Felicidade foi verificada pela SHS. A associação entre as variáveis foi verificada pelos testes estatísticos: Teste T; Teste Qui-Quadrado; Teste Exato de Fischer; Teste de Mantel-Haenzsel; Teste Razão dos Produtos Cruzados (OR). Foram ajustados modelos de regressão logística para cada dimensão do OHIP e teste t para associação entre qualidade de vida relacionada a saúde bucal e felicidade. O pacote estatístico IBM SPSS 20 foi utilizado para esta análise Resultados: A frequência de impacto da condição bucal na qualidade de vida foi de 26,4%. Morar na zona rural esteve associado a menor impacto da saúde bucal na qualidade de vida (p=0,017). Cárie e perda dentária foram estatisticamente significantes, todavia quando realizada a regressão logística a maior predição de impacto da saúde bucal na vida dos adolescentes esteve associada à sexo [OR 1,760 (1,078-2,875)], halitose [OR 2,383 (1,405-4,041)] e apinhamento [OR 2,072 (1,262-3,401)]. Foi encontrada média 4,84 de felicidade entre os adolescentes. Ser do sexo masculino (p=0,011), ter idade entre 17 e 19 anos (p=0,019), morar e estudar na zona rural (p=0,000) estiveram associados a melhores níveis de felicidade. Além disso, foi encontrada relação positiva entre a felicidade e a qualidade de vida relacionada a saúde bucal em adolescentes (p=0,001). Considerações finais: Esses resultados mostram-se importantes para redirecionar a atenção à saúde bucal para esse grupo específico. Baseando-se no impacto das condições bucais para os adolescentes, esforços de promoção da saúde devem estar no centro das políticas públicas de saúde a esta população pois os problemas de saúde bucal são em sua maioria cumulativos e se agravarão com o passar do tempo.

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