VIOLÊNCIA CONTRA MULHER QUILOMBOLA EM COMUNIDADES RURAIS NO
ESPÍRITO SANTO

Nome: THAÍS VERLY LUCIANO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/05/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador
FERNANDA LOPES Examinador Externo
NEIDE APARECIDA TOSATO BOLDRINI Suplente Externo
RITA DE CÁSSIA DUARTE LIMA Examinador Interno
THIAGO NASCIMENTO DO PRADO Suplente Interno

Resumo: A Organização Mundial de Saúde estima uma prevalência global de violência
praticada por algum parceiro íntimo ao longo da vida de 30% e que mais de 35% das
mulheres em todo o mundo experimentarão pelo menos uma ocorrência de violência
sexual ao longo da vida. Alguns fatores aumento o risco para tal agravo, como cor da pele
negra, baixa escolaridade e baixa renda. Objetivo: Descrever os casos de violência
psicológica, física e sexual em mulheres quilombolas, em comunidades rurais.
Metodologia: Estudo quantitativo em corte transversal, realizado com mulheres
quilombolas das comunidades rurais dos municípios de São Mateus e Conceição da
Barra, Espirito Santo, Brasil. Foram entrevistadas 219 mulheres quilombolas de
junho/2017 a março/2018. Foi utilizado um instrumento validado para quantificar as
prevalências de violência psicológica, física e sexual, e também foi elaborado um
questionário para investigar características sociodemográficas, comportamentais, clínicas,
histórico familiar de violência e sobre a lei Maria da Penha. As análises estatísticas
utilizadas foram: teste Qui-quadrado, teste Exato de Fisher e Regressão Logística Binária.
Utilizou-se como medida de efeito a Razão de Chances (OR). Resultados: Encontrou-se
prevalências de violência psicológica, física, sexual e sexual pelo atual parceiro íntimo de
59%, 41%, 14,1 e 8,2% respectivamente. A violência psicológica por parceiro íntimo
manteve-se associada a ter três ou mais parceiros sexuais na vida e vivenciar alguma
situação de violência na família com outras pessoas. A violência física por parceiro íntimo
manteve-se associação ao uso de método contraceptivo de barreira, ter 3 ou mais
parceiros sexuais nos últimos 12 meses, parceiro ter outra parceira, parceiro utilizar droga
e ter vivência de alguma situação na família relacionada a bebida alcoólica. A violência
sexual manteve-se associada a idade de até 30 anos, uso de droga ilícita, coitarca antes
dos 15 anos e ter queixa de sintomas ginecológicos. A violência sexual perpetrada pelo
atual parceiro íntimo, manteve-se associada a histórico de aborto, parceiro usar droga e
queixas de sintomas ginecológicos. Conclusões: Neste estudo nota-se que os fatores de
exposição que contribuíram para o desfecho. Frente a isto intervenções em diversos
setores precisam ser direcionadas à mulher e ao homem, uma vez que o comportamento
deste precisa ser modificado, no intuito de modificar tal realidade.

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