FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EM IDOSOS COMUNITÁRIOS:
PREVALÊNCIA, PROPOSIÇÃO DE EQUAÇÃO PREDITIVA E ASSOCIAÇÃO COM ÂNGULO DE FASE

Nome: MARIA LUIZA AMORIM SENA PEREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 24/03/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZABETE REGINA ARAÚJO DE OLIVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MÁRCIA MARA CORRÊA Coorientador
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Suplente Interno
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Examinador Interno

Páginas

Resumo: O processo de envelhecimento está associado a um decréscimo na capacidade funcional, que se
manifesta de modo heterogêneo entre as pessoas idosas, com implicações na saúde. Entre as
mudanças observadas com o passar do tempo, a redução da musculatura esquelética contribui

para a diminuição de força muscular, e a medida da Força de Preensão Manual (FPM) mostra-
se útil na predição da força muscular geral e funcionalidade. Dessa forma, esta tese teve como

objetivo estudar a FPM em idosos comunitários. As considerações metodológicas dividem-se
em duas partes: uma revisão sistemática, que seguiu a recomendação Preferred Reporting Items
for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), cuja busca foi realizada em quatro bases
de dados (Pubmed, Scielo, Lilacs e Embase), com metanálise e análise por subgrupos; e a
segunda parte dos aspectos metodológicos que se refere a um estudo transversal, com
amostragem representativa, realizado com idosos da Atenção Primária à Saúde (APS), de um
município do nordeste do Brasil. Os resultados da tese são apresentados sob a forma de três
artigos científicos. O primeiro objetivou estimar a frequência de baixa FPM entre idosos
comunitários na América Latina (AL), por meio de revisão sistemática e metanálise e
identificou 53 estudos elegíveis. A medida-sumário da prevalência de baixa FPM entre os
idosos da AL foi de 33,0% (95%IC29,0-36,0%), sendo Cuba o país que apresentou a maior
prevalência estimada e Colômbia a menor. Entre as mulheres a prevalência foi maior do que
entre os homens e na análise segundo o tamanho amostral e escore de risco de viés, a prevalência
obtida pareceu não sofrer influência de estudos menos robustos. O segundo artigo teve como
objetivo elaborar equações de predição da FPM em idosos da APS (n=316). Os resultados
mostraram que as variáveis sexo, idade e altura do joelho, juntas explicaram mais de 50% da
variação da FPM (p < 0,001), compondo a equação, tanto para mão direita, quanto para mão
esquerda. Houve concordância entre as medidas da FPM aferida e estimada, avaliada pelo
diagrama de Bland-Altman. Finalmente, o terceiro artigo investigou a associação entre a FPM
e o Ângulo de Fase Padronizado (AFP) em idosos da APS. Dos 296 indivíduos avaliados, 28,0%
exibiram baixa FPM e 15,9% tinham AFP < -1,65°. A análise mostrou que o AFP < -1,65°
aumenta a chance do idoso apresentar baixa FPM, tanto sem ajuste (OR = 2,71; IC 95% 1,43-
5,15), quanto no modelo final (OR = 2,35; IC 95% 1,14-4,87). Os produtos dessa tese
contribuem para a ampliação do debate sobre a FPM, identificando uma expressiva prevalência
da baixa FPM na AL, e apontam para a possibilidade do emprego de parâmetros simples e
frequentemente utilizados na avaliação de pessoas idosas para explicar a variabilidade da FPM.

Assim, é reforçada a importância desse parâmetro enquanto indicador de funcionalidade para a
abordagem em gerontologia, especialmente no âmbito da APS.

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