Fatores associados à tuberculose em população de diabéticos: um estudo caso-controle

Nome: MARCELLE LEMOS LEAL SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/03/2016

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
NAGELA VALADÃO CADE Orientador

Resumo: 23).
RESUMO
O diabetes mellitus (DM) e a tuberculose (TB) causam, individualmente, um importante impacto na saúde pública mundial. Há evidências de que pessoas com DM têm três vezes maior risco de adoecer por TB do que a população em geral, devido à sua susceptibilidade a infecções. Este estudo teve como objetivo analisar os fatores associados ao desenvolvimento da tuberculose em pacientes com diabetes mellitus em atendimento nas unidades de saúde de Vitória/ES. Trata-se de um estudo caso-controle, sendo o grupo caso constituído por diabéticos atendidos nas 30 unidades do município e notificados no SINAN com diagnóstico de tuberculose no período de 2007 a 2013, e o grupo controle composto por diabéticos. Foram utilizados dados do SINAN, do Sistema de Informação em Saúde da Secretaria de Saúde de Vitória e do Laboratório Central Municipal. Uma entrevista realizada a partir de um roteiro semiestruturado foi aplicada a 45 casos e 92 controles, contemplando as variáveis socioeconômicas e demográficas, os hábitos de vida e as características clínicas do diabetes mellitus. Foram realizadas as análises bivariada e multivariada mediante regressão logística com as variáveis significativas (p<0,05). O grupo caso apresentou hábitos de vida piores em comparação ao grupo controle, como maior consumo regular de álcool (p=0,008), consumo de álcool de forma compulsiva (p<0,001), fumar mais (p=0,051), além de piores parâmetros bioquímicos, como glicemia de jejum (p<0,001) e de hemoglobina glicosilada (p=0,027). Ingestão regular de bebida alcoólica (OR 5,78; IC 1,726-19,359), contato prévio com pessoas com tuberculose (OR 5,696; IC 1,952-16,617) e glicemia de jejum (OR 1,021; IC 1,009-1,034) foram associados à tuberculose nos diabéticos. Piores hábitos de vida, mau controle glicêmico e ter contato com o Mycobacterium tuberculosis, aumentam a chance de o diabético desenvolver tuberculose. Em vista disso, este estudo reitera a necessidade de integração entre os programas de controle da tuberculose e do diabetes mellitus para o rastreio, a confirmação de diagnóstico e o manejo conjunto dessas doenças.

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