AVALIAÇÃO DO PERFIL, MORTALIDADE E SOBREVIDA DOS HOMENS COM CÂNCER DE PRÓSTATA ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REFERENCIA DO ESPIRITO SANTO

Nome: SERGIO RIGUETE ZACCHI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/12/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANA ZANDONADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DENISE SILVEIRA DE CASTRO Examinador Interno
ELIANA ZANDONADE Orientador
MARIA HELENA COSTA AMORIM Coorientador
MARIA TERESA BUSTAMANTE TEIXEIRA Examinador Externo

Resumo: Introdução: O câncer de próstata é a neoplasia maligna de maior incidência na população
brasileira e a segunda causa de mortalidade oncológica entre os homens, com uma tendência
de aumento temporal e 75% dos casos incidindo em homens acima de 65 anos. Objetivos:
Avaliar a associação das variáveis sociodemográficas e clínicas com o estadiamento clínico
inicial; analisar a mortalidade e a sobrevida e suas associações com variáveis
sociodemográficas e clínicas nos pacientes com câncer de próstata. Metodologia: Analisouse,
de forma retrospectiva, os dados dos homens com câncer de próstata registrados no
Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Santa Rita de Cássia (HSRC), Vitória-ES, durante
o período de 01 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2006. Utilizaram-se os dados do
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) para determinar o desfecho. Analisou-se
através do Pacote Estatístico para Ciências Sociais (SPSS), versão 18.0. Para as variáveis do
estudo que apresentaram significância estatística, calcularam-se os Odds ratio brutos e
ajustados pelo modelo de regressão logística multivariada. Para se estimar a sobrevida,
utilizou-se o método de Kaplan-Meier e para a comparação das curvas de sobrevida,
empregou-se o teste de Log Rank. Calculou-se a influência das variáveis pela regressão
múltipla de Cox. Resultados: Dos 1.290 homens com câncer de próstata, 758 (58,8%)
encontraram-se vivos, 308 (23,9%) apresentaram óbito por câncer de próstata e em 224
(17,4%) o desfecho foi o óbito por outras causas. Encontrou-se um maior risco de serem
diagnosticados em estadiamento tardio os homens com PSA > 20ng/dl e escore de Gleason ≥
7. O risco foi reduzido naqueles que chegaram ao HSRC encaminhados com diagnóstico e
sem tratamento prévio. Associou-se ao óbito por câncer de próstata o escore de Gleason > 9, o
valor de PSA > 20 e a presença de metástase. Associou-se ao óbito por outras causas o estado
civil viúvo, ingressar no HSRC sem diagnóstico e sem tratamento prévio e o valor do PSA
>50 ng/dl. Encontrou-se Sobrevida Câncer de Próstata Específica (SCPE) em 5 e 8 anos de
81,9% e de 77,2% para todos os estadiamentos e Sobrevida Global (SG) em 5 e 8 anos de
70,1% e 69,8%, respectivamente. As variáveis Escore de Gleason ≥ 7, o PSA > 20 ng/dl e a
presença de metástase associaram-se a um menor tempo de sobrevida. Conclusão: As
variáveis que se associaram a um estadiamento clínico mais tardio, à mortalidade por câncer
de próstata e à redução do tempo de sobrevida são passíveis de reconhecimento e diagnóstico
precoce em consultas de rastreamento. É de extrema relevância a adoção de ações a partir de
políticas de saúde mais efetivas voltadas para o homem com o objetivo de garantir um acesso
equitativo a todos aqueles com diagnóstico de câncer de próstata, para que possam receber
diagnóstico precoce e tratamento oportuno.

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