Tuberculose Pulmonar associada ao Tabagismo

Nome: ANA PAULA BRIOSCHI DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/12/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Orientador

Resumo: Objetivos: Analisar a associação entre tabagismo e variáveis sócio demográficas, epidemiológicas e clínicas de pacientes com TB pulmonar encaminhados ao Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Cassiano Moraes. Metodologia: Estudo descritivo analítico de corte transversal. Foi realizado no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes. A pesquisa foi realizada com analise de fichas de pacientes participantes de uma pesquisa multicêntrica, somente com pacientes de Vitória-ES, sendo o único polo no Brasil. Atendidos no Centro de Pesquisas Clínicas nos anos de 2003 a 2006. Resultados: Foram analisados fichas de 537 pacientes. Destes 225 (41,9%) eram não fumantes, 183 (34,1%) fumantes e 129 (24%) ex-fumantes. O sexo masculino foi o mais prevalente entre todos os grupos, sendo que entre os não fumantes eram 58,7% (132), entre os fumantes 73,2% (134) e entre ex-fumantes 66,7% (86). A maioria dos pacientes atendidos não possuiam nenhuma escolaridade. A presença de tosse, entre os não fumantes foi de 175 (78,1%) pessoas, já em fumantes foi 165 (90,2%) e no grupo de ex-fumantes 109 (84,5). A presença de escarro purulento, entre os não fumantes foi de 122 (54,2%) fumantes 142 (77,6%) e ex-fumantes 82 (63,6%). Quando analisado a ingestão de bebida alcoólica entre não fumantes eram 24 (10,7%), em fumantes 62 (33,9%) e em ex-fumantes 18 (14%) pacientes. A mediana em anos de tabagismo foi de 20 (IIQ: 20) entre fumantes, ex-fumantes 12 (IIQ:15). Em relação ao número de cigarros fumados por dia entre fumantes a mediana foi de 20 cigarros/dia (IIQ: 10), nos ex-fumantes de 10 cigarros/dia (IIQ: 16). Quanto a lesões cavitárias, não fumantes eram 110 (49,1%), fumantes 94 (51,9%) e ex-fumantes 79 (61,2%). Conclusão: Este estudo confirmou que há diferenças entre pacientes que possuem histórico de tabagismo e aqueles que nunca fumaram, principalmente no tempo de aparecimento dos sinais e sintomas clínicos comuns da TB, podendo se tornar um fator confundidor na detecção de casos da TB retardando o diagnóstico.

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