PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: PERSPECTIVA DA ODONTOLOGIA

Nome: ANA CLAUDIA CORDEIRO ALVARENGA

Data de publicação: 15/12/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARLUCE MECHELLI DE SIQUEIRA Orientador

Resumo: O interesse global em medicina alternativa e complementar na saúde
está em ascensão. No Brasil, tais abordagens são denominadas Práticas Integrativas
e Complementares em Saúde, focadas em estimular os processos naturais de
promoção, prevenção e recuperação da saúde, com eficácia e segurança, valorizando
a escuta acolhedora, o estabelecimento do vínculo terapêutico e a integração do
indivíduo com o meio ambiente e a sociedade. A institucionalização da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2006, e da Política Municipal
de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde de Vitória, Espírito Santo, em
2016, marca um progresso significativo na inclusão de métodos terapêuticos não
convencionais no Sistema Único de Saúde. Embora as Práticas Integrativas e
Complementares estejam formalmente integradas à rede de saúde, sua dinâmica de
implementação permanece pouco explorada na esfera municipal, especialmente na
Estratégia de Saúde da Família pela perspectiva da Odontologia, representando um
novo e relevante campo de estudo. Objetivo: Assim, buscou-se compreender como
se constitui a percepção dos cirurgiões-dentistas que atuam na Estratégia de Saúde
da Família e dos gestores da área técnica de Saúde Bucal do município de Vitória
quanto à incorporação e implementação das Práticas Integrativas e Complementares
em Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com
abordagem qualitativa. A amostra foi constituída por saturação. Utilizou-se entrevistas
semiestruturadas com quarenta cirurgiões-dentistas e dois gestores, gravadas,
transcritas e submetidas à análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Dos
resultados emergiram três categorias: entendimento sobre Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde; percepção sobre sua incorporação e implementação; e
percepção sobre suas políticas. Observou-se quanto aos cirurgiões-dentistas, a
compreensão, aceitação e interesse unânime das práticas, evidenciando seu valor
alinhado às diretrizes das políticas relacionadas, realçando a potencialidade
disponível no município. No entanto, desafios como lacunas de conhecimento das
políticas e regulamentações odontológicas específicas, além de falhas na educação
permanente, salientam a necessidade premente de aprimorar estratégias de
divulgação e capacitação dos profissionais. Em relação aos gestores, elucidou-se que
as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde são valorizadas por seu alcance
holístico e potencial em diversos níveis de cuidado. Apesar dos desafios, como
divulgação, capacitação e financiamento restritos, e predominância do modelo
biomédico, a incorporação e implementação dessas práticas destacou-se pelo
comprometimento dos gestores em consonância com as políticas nacionais e
municipais, ressaltando-se, contudo, a necessidade de direcionar a oferta das Práticas
Integrativas e Complementares também para contextos específicos como a
Odontologia. Conclusões: Conclui-se que o município de Vitória, possui grande
potencial de expansão quanto a incorporação e implementação das Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde na Estratégia Saúde da Família na
perspectiva da Odontologia, havendo, porém, a necessidade de reconhecer e sanar
os obstáculos que se apresentam, a fim de alcançar seu pleno potencial em prol dos
usuários, da Odontologia, do Sistema Único de Saúde e do Brasil.

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