ESTUDO COMPARATIVO SOBRE OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE HOSPITAIS PÚBLICOS DA REGIÃO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DE DADOS PRÉ E DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Nome: GABRIELA MANTOVANELLI DE OLIVEIRA GIUBERTI

Data de publicação: 17/11/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FRANCIS SODRE Orientador

Resumo: Introdução: A pandemia de COVID-19 tornou-se uma grande ameaça à saúde global, resultando
em quase 7 milhões de mortes no mundo. Diante do contexto, o SUS teve que ser reorganizado,
pois a demanda pelos serviços de saúde aumentou exponencialmente, assim como a sobrecarga
de trabalho dos profissionais da enfermagem, desafios que colocaram em evidência a
importância desse trabalho na sociedade. O longo período pandêmico expôs vários fatores de
vulnerabilidade entre a enfermagem. Já se observavam inadequadas condições de trabalho,
baixos salários, jornadas de trabalho exaustivas e vínculos laborais flexíveis. Trabalhando na
linha de frente do atendimento aos pacientes com infecção por coronavírus e muitas vezes em
condições precárias, convivem com escassez de equipamentos de proteção individual, exaustão
física, mental e alto risco de contágio. Objetivo: Comparar dados pré e pós pandemia de
COVID-19 (2018/19 e 2021/22) dos profissionais de enfermagem (técnicos, auxiliares de
enfermagem e enfermeiros) de dois hospitais estaduais do interior do Espírito Santo (ES).
Método: Estudo transversal, quantitativo e analítico, comparando dados secundários dos
hospitais analisados. Primeiro foram utilizadas informações sociodemográficos e laborais dos
profissionais de enfermagem dos hospitais estaduais da região noroeste do ES. Em seguida,
utilizou-se dados retrospectivos sobre a ocorrência de afastamentos por motivo de doença da
equipe de enfermagem de um dos hospitais. Os elementos pesquisados foram organizados em
Excel e analisados por meio do IBM SPSS Statistics for Windows. O projeto ao qual estão
vinculados foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFES. Para construção da
dissertação foi realizado levantamento bibliográfico dos descritores relacionados. Resultados:
Constatou-se na primeira pesquisa maioria de trabalhadores do sexo feminino nos dois períodos
estudados, faixa etária de 41 anos ou mais, ensino médio incompleto ou completo, com vínculo
de trabalho por contrato temporário. Os dados indicaram que em 2022, houve aumento
percentual na quantidade dos profissionais tanto do sexo masculino, como de menores de 30
anos de idade, com ensino médio ou técnico completo, além de aumento dos contratos
temporários, profissionais graduados em enfermagem e residentes na mesma cidade em que
trabalham. No segundo momento, observou-se que nos dois períodos houve maioria de
afastamentos por doença do sexo feminino (85%) e das categorias auxiliares/técnicos em
enfermagem (85%). Houve aumento na quantidade de licenças médicas e na duração das
mesmas e as principais causas foram Sintomas, Sinais e Afecções mal definidas (13,2%);
Doenças Infecciosas e parasitárias (12,4%) e Lesões, envenenamento e causas externas (12%),

antes da pandemia. Já durante a pandemia foram Doenças Infecciosas e parasitárias (39%),
seguida de Infecções Respiratórias agudas (11,8%) e Lesões, envenenamento e causas externas
(9,8%). Considerações finais: A pandemia de COVID-19 expôs os profissionais da saúde a
diversas situações que prejudicaram tanto a qualidade do trabalho quanto sua saúde. Visto isso,
é importante salientar que serão necessárias ações de planejamento e desenvolvimento, visando
a recuperação e integração das equipes, prevenção e promoção de saúde para os profissionais e
elaboração de planos voltados principalmente ao sexo feminino, uma vez que a força de
trabalho em saúde é composta majoritariamente por mulheres.

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