NARRATIVAS DE MULHERES NEGRAS QUILOMBOLAS E OS SENTIDOS DA
SAÚDE- DOENÇA- CUIDADO COMO PROCESSOS DE RESISTÊNCIAS

Nome: ARIANE SILVA CARVALHO

Data de publicação: 04/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
RITA DE CASSIA DUARTE LIMA Orientador

Resumo: O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de mestrado, onde consideramos o quilombo como
território de uso coletivo, que possibilita o exercício de uma vida comunitária em laços de
solidariedade entre seus moradores e moradoras. Apostamos na importância das vozes das
mulheres negras quilombolas e no investimento das narrativas, como uma estratégia que
visibiliza a produção de conhecimentos. A partir do objetivo, que é invenstigar os sentidos da
saúde-doença-cuidado e o processo de resistência da Comunidade Quilombola Linharinho,
optamos pela metodologia analítico-metodológica para apresentar as histórias de vida de
mulheres quilombolas, que se articulam entre si, ou seja, as "Escrevivências", cunhada por
Conceição Evaristo, como método de investigação, de produção de conhecimento e de
posicionalidade implicada, marcada por formas de dominação que incluem separações,
deslocamentos e desmembramentos. Na pesquisa de campo, participaram três mulheres negras
quilombolas, considerando os desafios dos processos de escutas das narrativas e composição
das escrevivências, o foco recaiu na saúde-doença- cuidado como processos de resistências e
de ancestralidade e o uso significativo de ervas medicinais. A partir das escrevivências
coletadas, consideramos a necessidade de reestruturação das Redes de Atenção à Saúde na
comunidade quilombola de Linharinho, pois a relação se mostra frágil no que diz respeito aos
cuidados das mulheres quilombolas, consequentemente, sendo necessário a ordenação da
assistência nos pontos de atenção dentro da Comunidade, pois para conseguirem acesso
precisam pegar ônibus, deslocarem para Conceição da Barra ou São Mateus e algumas vezes,
mesmo com fichas de atendimento as consultas são canceladas. Torna-se necessário assim, o
maior investimento do Estado para implantação e implementação de políticas públicas de saúde,
mais efetivas, sobretudo para atender as realidades e necessidades das mulheres negras
quilombolas, que visem o fortalecimento da Atenção Básica na comunidade quilombola.

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