TRÊS ANOS DE PANDEMIA DA COVID-19: ANÁLISE DA VARIAÇÃO TEMPORAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, REGIÃO SUDESTE BRASILEIRA

Nome: GABRIELLA LIMA SANTOS

Data de publicação: 18/07/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LUIZ CARLOS DE ABREU Orientador

Resumo: Introdução: conforme o curso da gravidade do novo coronavírus em diferentes
continentes, a pandemia na região das Américas se destacou com o número de casos
e óbitos. A região sudeste do Brasil foi uma das mais afetadas e o estado do Rio de
Janeiro apresentou valores significativos das medidas epidemiológicas, em especial
a taxa de mortalidade sendo esta, a maior do Brasil. O Rio de Janeiro é considerado
uma metrópole nacional e um importante ponto de entrada para viajantes
internacionais, sendo assim, os fluxos aéreos e rodoviários contribuíram para a
inserção e o espalhamento do vírus no território fluminense. Objetivo: analisar as
variações temporais das taxas de letalidade, mortalidade e incidência por COVID-19
no estado do Rio de Janeiro durante o período de janeiro de 2020 a dezembro de
2022. Método: estudo ecológico, de séries temporais de base populacional de acesso
público disponibilizada pela Secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. As
informações foram coletadas sobre casos e óbitos de COVID-19 de janeiro de 2020 a
dezembro de 2022. Foram calculadas as taxas de incidência e mortalidade, expressas
por 100.000 habitantes, e letalidade, expressas em porcentagem. Para as análises de
tendência, as taxas de construção de séries temporais foram calculadas utilizando o
modelo de regressão linear generalizada pelo método de Prais-Winsten. Foram
estimados o coeficiente angular com sua respectiva probabilidade e a variação
percentual de mudança diária. Todas as análises estatísticas foram realizadas no
software estatístico STATA MP 17.0. Resultados: no período analisado, os meses de
dezembro de 2020, março de 2021 e janeiro de 2022, observou-se a maior
porcentagem de casos confirmados, respectivamente, com 21,24%, 15,72% e
56,51%. Em relação aos óbitos, o maior percentual ocorreu nos meses de maio de
2020 (23,92%), abril de 2021(19,64%) e entre janeiro (28,20%) e fevereiro de 2022
(28,62%). A taxa de letalidade encontrada foi maior no mês de maio de 2020 (11,6%),
entretanto em 2022 neste mesmo mês, a letalidade encontrada foi de 0,21%,
mostrando-se a mais baixa de todo o período analisado. O mês de abril de 2021,
obteve a maior taxa de mortalidade com 45,14 óbitos por 100.000 habitantes. Em
janeiro de 2022, a maior incidência com 3.390,03 casos confirmados por 100.000
habitantes. A taxa de mortalidade e incidência apresentou variação da correlação
serial entre os anos analisados. A mortalidade em 2020 manteve tendência
estacionária com 1,05% e nos anos seguintes seguiu o mesmo comportamento, sendo
este decrescente -0,82% e -0,52%. Já a incidência apresentou um crescimento diário
de 2,03% no ano de 2020, nos demais anos variou entre decrescente e crescente, -
0,56% e -0,77%, respectivamente. A taxa de letalidade seguiu tendência estacionária
nos três anos pandêmicos com -0,12%, -0,15% e 0,15% para cada ano,
consecutivamente. Conclusão: os indicadores de saúde estudados no estado do Rio
de Janeiro possuem comportamentos epidemiológicos diferentes, bem como
variações da correlação serial importantes entre os anos analisados. A incidência se
destacou em 2020 e a mortalidade no mesmo período demonstrou tendência
estacionária. Em 2021, as medidas epidemiológicas supracitadas apresentaram
comportamento similar e em 2022, observou-se uma mudança no padrão sendo a
mortalidade com tendência decrescente e a incidência estacionária. A letalidade, por
sua vez, apresentou comportamento estacionário nos três anos pandêmicos.

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