VIOLÊNCIA INTERPESSOAL CONTRA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA:
ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: LUÍZA EDUARDA PORTES RIBEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/02/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FRANCIÉLE MARABOTTI COSTA LEITE Orientador
GRACIELLE KARLA PAMPOLIM ABREU Examinador Externo
MÁRCIA REGINA DE OLIVEIRA PEDROSO Suplente Externo
MARIANA RABELLO LAIGNIER Examinador Interno
THIAGO NASCIMENTO DO PRADO Suplente Interno

Resumo: A pessoa com deficiência é tida como a população mais vulnerável ao agravo da
violência e necessita de estratégias que possam garantir a sua proteção. Objetivos: Analisar os
casos de violência interpessoal contra as pessoas com deficiência no estado do Espírito Santo,
notificados entre os anos de 2011 e 2018 e os fatores associados. Método: Estudo
epidemiológico transversal, realizado com dados do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação do estado do Espírito Santo disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde. As
variáveis independentes foram as características da vítima, do agressor e do evento, tendo como
desfecho a violência interpessoal contra a pessoa com deficiência. Os dados foram analisados
pelo programa Stata 14.0, por frequências absolutas e relativas, análises bivariadas pelo teste
Qui-Quadrado (χ2), e a associação entre as variáveis pelo modelo de regressão de Poisson. A
pesquisa foi aceita pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Resultados: A violência
interpessoal contra pessoas com deficiência no Espírito Santo correspondeu a 65,3% (IC95%:
63,0-67,6) dos casos notificados de violência. Crianças (RP: 1,64; IC 95%: 1,50-1,79) e idosos
(RP: 1,52; IC95%: 1,40-1,64) tiveram maior prevalência quando comparados aos adultos. A
raça/cor preta foi 15% mais frequente em relação à cor branca. Outros fatores associados que
merecem destaque foram o agressor do sexo masculino (RP: 2,07; IC 95%: 1,73-2,48), idade
de 25 anos ou mais (RP: 1,29; IC 95%: 1,10-1,51), e ter usado álcool (RP: 1,29; IC 95%: 1,14-
1,47); bem como quanto ao evento, em via pública (RP: 1,48; IC: 1,26-1,73), e ser repetição
(RP: 1,27; IC 95%: 1,09-1,48). Conclusão: A violência interpessoal contra a pessoa com
deficiência se apresentou elevada no Espírito Santo e o reconhecimento dos seus fatores
associados é importante para melhor identificação dos casos. A discussão desta temática pode
auxiliar os profissionais de saúde a proteger e garantir a não violação de direitos desse público
vulnerável e fornecer subsídios na formulação de políticas públicas de prevenção e proteção
dentro do campo da saúde coletiva com o intuito de diminuir as diversas consequências à saúde
física, mental e social das pessoas com deficiência expostas à violência em suas diversas
naturezas.

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