Mortalidade por causas externas em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos no Espírito Santo

Nome: TATIANA FELTMANN ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/07/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
THIAGO DIAS SARTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA SANTANA COELHO ALMEIDA Examinador Interno
THIAGO DIAS SARTI Orientador
WANÊSSA LACERDA POTON Examinador Externo

Resumo: Introdução: Desde a década de 1980, as causas externas têm se destacado como causa de morbimortalidade no Brasil, com elevadas taxas de homicídios e acidentes de trânsito, envolvendo principalmente a população masculina. O Espírito Santo se destaca por apresentar as maiores taxas de óbitos de crianças e adolescentes por acidente de trânsito e homicídio da região Sudeste. Objetivo: Analisar as mortes por causas externas em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos ocorridas no Espírito Santo a partir do contexto regional (região Sudeste) e nacional (Brasil), no período de 2010 a 2019. Métodos: Estudo ecológico, exploratório, de análise de série temporal dos óbitos por causas externas de crianças e adolescentes de 5 a 14 anos ocorridos no Espírito Santo, Sudeste e Brasil, no período de 2010 a 2019. Os dados foram coletados do Sistema de Informação de mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e foram descritos através de frequências absolutas e relativas, e taxas de mortalidade (por 100 mil habitantes). A tendência das taxas de mortalidade foi estimada na forma de redução percentual anual, com intervalos de confiança (IC) de 95% em modelos de regressão binomial negativa multivariável ajustados com o ambiente de computação estatística R e a linguagem de programação probabilística Stan. Resultados: A maioria de óbitos no Espírito Santo ocorreu na faixa etária de 10 a 14 anos (70,8%), no sexo masculino (71,6%) e na raça/cor parda (76,4%), sendo em sua maioria decorrentes de agressões (33,8%). A taxa de mortalidade por agressão de meninos de 10 a 14 anos no estado (12,10 por 100 mil habitantes) se destaca, sendo mais que o dobro da taxa observada no Sudeste e Brasil. Na análise de tendência temporal do Espírito Santo, Sudeste e Brasil foi observada diminuição da taxa de mortalidade por causas externas como um todo e para todos os grupos de causas externas estudados. De uma forma geral, essas tendências temporais no Espírito Santo foram semelhantes àquelas do Sudeste e do Brasil, diferindo apenas na estimativa de redução de afogamentos em crianças de 5 a 9 anos. A estimativa encontrada de 10,3% de redução anual na mortalidade por afogamentos foi praticamente o dobro da encontrada nesta mesma população na região e no país. Conclusão: Embora, a tendência na mortalidade por causas externas seja de redução, as altas taxas de mortalidade, sobretudo por agressão no Espírito Santo, apontam a necessidade de priorizar a prevenção destes eventos, com atenção especial para os meninos a partir dos 10 anos.

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