EPIDEMIOLOGIA DAS PERDAS DENTÁRIAS, INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA E EXPECTATIVA DE REPOSIÇÃO PROTÉTICA EM ADULTOS E IDOSOS

Nome: AMANDA DE FREITAS GUAITOLINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/03/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA HELENA MONTEIRO DE BARROS MIOTTO Orientador

Resumo: A perda dentária é considerada um dos principais agravos à saúde bucal devido à sua
alta prevalência e por expressar um fracasso de medidas preventivas e/ou curativas
prévias. O objetivo da presente dissertação foi determinar a prevalência, extensão e
fatores associados a perdas dentárias em adultos e idosos. Além disso, visa avaliar o
impacto dos problemas bucais na qualidade de vida desses indivíduos em associação
com variáveis sócio demográficas e condições orais. Foram avaliados 303 indivíduos,
realizado exame clínico e entrevista padronizada, utilizando roteiros para a coleta de
dados, incluindo o Oral Health Impact Profile na sua forma simplificada com 14
perguntas, agrupadas em sete dimensões (OHIP-14). Para verificar as associações entre
variáveis sócio demográficas e condições de saúde bucal, foi utilizado o Teste Exato de
Fischer. Para avaliar a força de associação, utilizou-se o Oddis-Radio (OR). Verificou a
associação das variáveis independentes com as sete dimensões de impacto avaliadas
pelo instrumento OHIP. Para analisar o efeito das dimensões combinadas, utilizou-se o
teste de Mantel-Haenszel. Os resultados demonstraram uma prevalência de 84,5% para
as perdas dentárias, a cárie foi apontada como a maior causadora das perdas (68,7%) e
os molares representaram o dente mais extraído (90,2%). A maioria relatou a
expectativa de repor os dentes perdidos com implantes dentários (43,8%). Os fatores
associados a perda dentária foram: sexo feminino (p=0,006), faixa etária acima de 50
anos (p=0,000), até 10 anos de escolaridade (p=0,024), ser das classes C ou D (p=0,000)
e ter visitado o dentista nos últimos 12 meses (0,051). A maior prevalência de impacto
na qualidade de vida foi descrita para indivíduos: do sexo feminino, com idade maior
que 50 anos, das classes econômicas C e D, que possuem até 10 anos de escolaridade,
apresentaram perda de dentes anteriores, perderam maior quantidade de dentes e que
necessitavam de prótese. Diante da alta prevalência de perda dentária encontrada ser
causada principalmente pela cárie, reforça-se a necessidade de um monitoramento
contínuo da saúde bucal das populações, preconizando a atenção primária, para a
redução da carga da doença. Em um contexto de alta prevalência de perda dentária,
observou-se acentuada percepção de impactos em adultos e idosos, avaliados pelo
OHIP-14.

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