Uso do sistema intrauterino de levonorgestrel e o impacto na qualidade de vida de pacientes com sangramento uterino anormal
Nome: TATIANA CÓ GOMES DE BIASE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/09/2022
Orientador:
Nome |
Papel |
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| ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA | Orientador |
Banca:
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Papel |
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| THIAGO NASCIMENTO DO PRADO | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: Introdução: Os dispositivos intrauterinos hormonais, conhecidos como Sistema Intrauterino
Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG), contém a 19-norestisterona, que é um progestágeno
de segunda geração. A atrofia endometrial induzida pelo SIU-LNG provoca alterações
menstruais, principalmente no início do seu uso, que geralmente melhoram ao longo do tempo
e diminuem o sangramento uterino. O sangramento uterino anormal (SUA) é um sintoma
ginecológico comum que afeta grande quantidade de mulheres em idade reprodutiva,
provocando importantes impactos na qualidade física, social, emocional e material da vida da
mulher. Objetivos: Analisar a segurança contraceptiva, perfil de sangramento menstrual,
continuidade do método, presença de causas estruturais de sangramento menstrual intenso e
melhora da qualidade de vida de pacientes com SUA, submetidas à inserção do SIU-LNG na
dosagem de 52 mg. Métodos: Trata-se de um estudo observacional analítico de coorte
prospectiva onde foram incluídas mulheres com SUA que procuraram o ambulatório de
ginecologia do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (HUCAM) para a inserção do
SIU-LNG 52 mg, no período de fevereiro de 2018 a setembro de 2021. Apenas mulheres com
18 anos ou mais e que tiveram coitarca foram incluídas no estudo. As mulheres responderam
um questionário padronizado e validado e foram submetidas a um exame de ultrassonografia
transvaginal. Os dados do prontuário médico foram revisados e analisados utilizando o
programa estatístico IBM SPSS-23. Resultados: Um total de 51 mulheres com SUA
participaram do estudo, sendo que 20 haviam sido submetidas a cirurgia bariátrica e 6
apresentavam doenças hematológicas. As causas estruturais estavam presentes em 25 delas
(49%), sendo que leiomioma foi a causa mais prevalente, presente em 16 (31,3%). Na avaliação
ultrassonográfica, o SIU-LNG 52 mg estava normoposicionado em 43 mulheres (84,3%). A
taxa de expulsão do SIU-LNG 52 mg foi de 11,8% (6 mulheres) e 35 mulheres (68,6%)
continuaram usando o SIU-LNG 52 mg. Amenorreia ocorreu em 6 mulheres (17,1%) e o
volume do sangramento menstrual se tornou leve em 24 mulheres (68,6%). Quanto à melhora
na qualidade de vida, 34 mulheres (97,1%) afirmaram uma melhora do SUA e
consequentemente uma qualidade de vida melhor. Nenhuma mulher engravidou durante o
estudo. Conclusão: o SIU-LNG 52 mg demonstrou ter uma ótima eficácia contraceptiva e ser
uma boa opção terapêutica não cirúrgica para tratamento do SUA, melhorando a qualidade de
vida dessas mulheres.
