ENTRE GRADES E INIQUIDADES: O RACISMO COMO FATOR DETERMINANTE NO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO SISTEMA PRISIONAL
Nome: MILENA DE OLIVEIRA CORRÊA
Data de publicação: 10/07/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| HERIEDERSON SÁVIO DIAS MOURA | Examinador Externo |
| LIA GONÇALVES POSSUELO | Coorientador |
| RITA DE CASSIA DUARTE LIMA | Examinador Interno |
| THIAGO NASCIMENTO DO PRADO | Presidente |
Resumo: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa com alta incidência de casos
principalmente em populações vulnerabilizadas, especialmente pessoas privadas de
liberdade (PPL). Embora curável, a TB continua a ser uma das principais causas de
óbito por doenças infecciosas, exacerbada por fatores como imunossupressão,
condições precárias e racismo estrutural. Objetivo: Mapear e identificar as evidências
científicas sobre o racismo no desfecho do tratamento da TB na PPL. Metodologia:
Trata-se de uma revisão de escopo guiada pelas recomendações do Joana Briggs
Institute (JBI) e estruturada conforme o roteiro PRISMA-ScR, em estudos publicados
entre 2014 a 2024. A pesquisa foi realizada em seis bases de dados, sendo elas:
MEDLINE/PUBMED, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, COCHRANE
LIBRARY e LILACS. A estratégia de revisão seguiu a abordagem PCC (População,
Conceito, Contexto), com foco na PPL, no impacto da raça/cor e nos desfechos do
tratamento da TB. Resultados: A busca nas seis bases de dados eletrônicas
resultaram em 529 estudos, sendo 27 artigos na MEDLINE via PubMed, 89 artigos na
EMBASE, 73 artigos na SCOPUS, 36 artigos na Web of Science, 119 artigos na
Cochrane Library e 185 artigos na LILACS. Destes, 143 foram excluídos por
duplicação, onde avançaram para a fase de seleção 386 artigos. Dessa maneira, 79
estudos avançaram para a fase de elegibilidade, dos quais 7 foram incluídos na
análise. Discussão: O racismo estrutural intensifica a vulnerabilidade e os desfechos
negativos da TB na PPL, afetando principalmente as pessoas negras, que vivem em
condições precárias. A adoção de políticas antirracistas é fundamental para promover
a equidade no acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento da doença,
contribuindo para a redução das disparidades e melhora nos resultados clínicos.
