SAÚDE MENTAL ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: QUALIDADE DE VIDA E FATORES ASSOCIADOS

Nome: RAYANE CRISTINA FARIA DE SOUZA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 22/01/2021
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
MARLUCE MECHELLI DE SIQUEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
RITA DE CÁSSIA DUARTE LIMA Examinador Interno
MARLUCE MECHELLI DE SIQUEIRA Orientador
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Examinador Interno
LORENA SILVEIRA CARDOSO Examinador Externo
FLÁVIA BATISTA PORTUGAL Coorientador

Páginas

Resumo: Introdução: O consumo de substâncias psicoativas, comportamentos de risco e
transtornos mentais impactam de diferentes formas no indivíduo, família e
comunidade, resultando em problemas cotidianos tanto individuais como coletivos.
Assim, afetando na qualidade de vida, especialmente, dos universitários que são
populações vulneráveis. Objetivo: Compreender a qualidade de vida (QV) e fatores
associados entre os universitários dos cursos de Terapia Ocupacional, Nutrição,
Fonoaudiologia e Fisioterapia do Centro de Ciências da Saúde de uma universidade
pública. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e exploratório com
abordagem quantitativa e qualitativa, cuja investigação foi fundamentada a partir do
preenchimento dos questionários: World health organization instrument to evaluate
quality of life - bref (WHOQOL-Bref) validado por Fleck (2000); Hospital Anxiety and
Depression Scale (HADS) validado por Zigmond e Snaith (1983); e I Levantamento
Nacional sobre o uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas entre universitários das 27
capitais brasileiras desenvolvida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(SENAD) (2010). Em seguida, realizada entrevistas com universitários a partir de um
grupo focal. A análise dos dados quantitativos, sucedeu-se a partir da análise
univariada, bivariada e multivariada com auxílio do pacote estatístico Statistical
Package for the Social Science (SPSS) versão 24, enquanto que os dados
qualitativos, a partir da análise de conteúdo temática conduzida à luz da Teoria de
Bardin. Resultados: Sucedeu 03 (três) artigos científicos que versaram sobre a
qualidade de vida entre universitários. Dessa forma, constatou nos artigos científicos
nacionais e internacionais que durante a trajetória acadêmica pode-se vivenciar
comportamentos de risco e fatores estressantes e protetores que influenciam a
qualidade de vida do universitário. E, no que concerne a população estudada, o
domínio relações sociais apresentou maior média na qualidade de vida, enquanto que
o domínio meio ambiente apresentou menor média. Por conseguinte, houve
associação significativa entre o domínio físico (R2 = 0,36) com variáveis preditoras:
sexo feminino (p=0,01); classe econômica (p=0,01); grupo étnico (p=0,04); período
inicial do curso (p=0,00); já pensou em abandonar o curso (p=0,00); atividade
física(p=0,00); abuso sexual(p=0,02); sinais e sintomas de ansiedade (p=0,00); sinais
e sintomas de depressão (p=0,00). Enquanto que para o domínio psicológico (R2 =
0,47): sexo feminino (p=0,00); prática religiosa (p=0,01) ; satisfação com o curso

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(p=0,01); já pensou em abandonar o curso (p=0,00); trabalho voluntário (0,05); uso de
tranquilizantes nos últimos 3 meses (0,03); sinais e sintomas de ansiedade (p=0,00);
sinais e sintomas de depressão (p=0,00). Ao mesmo tempo que o domínio relações
sociais (R2 = 0,18): prática religiosa (p=0,00); sinais e sintomas de ansiedade (p=0,00);
sinais e sintomas de depressão (p=0,00). Por fim, o domínio meio ambiente (R2 =
0,22): sexo feminino (0,03); classe econômica (0,00); grupo étnico (0,04); já pensou
em abandonar o curso (0,02); sinais e sintomas de ansiedade (p=0,00); sinais e
sintomas de depressão (p=0,00). Outro dado importante destacar, foram as definições
dos eixos categóricos e as categorias empíricas: 1 - Qualidade de vida no meio
acadêmico: estrutura física; sobrecarga; reformulação da carga horária; 2 – Saúde:
saúde biopsicossocial espiritual; 3 - Relações no meio acadêmico: interação
interpessoal, obtidas após o grupo focal realizado com essa população universitária,
no qual destacaram não apresentar percepção positiva em relação à qualidade de
vida universitária, enfatizaram a necessidade de revisão da grade curricular e a
importância da interação entre docentes-discentes. Por último, foi elaborado 1 (um)
projeto sobre qualidade de vida através da meditação e mindfulness com o propósito
de compreender cientificamente a importância dessas práticas para a melhoria da
qualidade de vida do universitário. Conclusão: Fica evidente a importância do papel
dos espaços acadêmicos como mediadores da saúde mental destes universitários,
corroborando com mudanças no cotidiano do estilo de vida do futuro profissional de
saúde. Para tanto, faz-se necessário o compromisso do discente, docente e
institucional em estimular e promover hábitos saudáveis durante a trajetória
acadêmica, além da responsabilidade das universidades nas criações de programas
de atenção destinados a esta população.

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